Para os governos e a sociedade, principalmente nas cidades, o envelhecimento da frota é sempre um problema. Do ponto de vista ambiental, carros velhos e ultrapassados são sempre mais poluidores. Do ponto de vista da segurança, oferecem riscos bem maiores de causar acidentes.
Nas cidades grandes, carros velhos são conhecidas fontes de congestionamentos. Não apenas por serem naturalmente mais lentos, mas também porque enguiçam com muito mais frequência. Por esses e outros motivos, os municípios exigem que a frota de ônibus não ultrapasse a idade média de três anos.
Nas cidades mais modernas, prevalece a ideia de que sejam substituídos os carros com muitos anos de uso, que geram maiores riscos de acidentes, reduzem a velocidade média das vias e ainda são geradores de poluição. Tanto que o imposto (equivalente ao nosso IPVA) costuma ser mais alto quanto mais velho o carro for.
Aqui, prevalece o populismo pouco inteligente dos governantes. Como o imposto se baseia no preço do carro, e não em suas características positivas, um automóvel com 15 anos de idade passa a ser isento mesmo que cause todos os transtornos citados. A ideia aí não é a gestão correta, não é a segurança das pessoas, não é a qualidade de vida das cidades, mas, sim, o voto na próxima eleição.
Esse setor passará em breve por mudanças radicais. Vem aí uma revolução tecnológica com a popularização dos carros elétricos. É algo a ser estimulado pelos governos. Afinal, são significativos os valores ambientais com a substituição da matriz energética que faz os carros rodarem.
Porém que fique sempre muito claro: para as cidades, menos carros nas ruas, mais gente a pé, de bicicleta ou em transportes coletivos é hoje a maior meta.