Neste momento, não sabemos ainda se a força política e militar de Maduro levará a termo o seu propósito de extinguir a democracia, como fizera outrora Fidel Castro, em Cuba. Ele conta, no momento, com a oposição do Brasil e da Argentina, cujos governos não compactuam com o atraso ideológico das esquerdas nem com os ideais totalitários dos comunistas.
Há cerca de dois anos, os partidos de esquerda perdem fôlego no continente sul-americano, em razão da incompetência administrativa e da inconsistência ética dos seus projetos. Na Argentina, Cristina Kirschner sofreu forte revés nas últimas eleições e está sendo processada por corrupção. No Brasil, Dilma e PT foram afastados do governo, enquanto Lula foi condenado a nove anos de prisão.
Enfim, a luta contra o socialismo totalitário na América do Sul tem sido constante. No início da década de 1960, o Brasil enfrentou grupos terroristas. Hoje, as táticas e as estratégias adotadas pelas esquerdas obedecem, sobretudo, ao pensamento de Antonio Gramsci, que sugere o golpe fatal contra a democracia e o liberalismo, utilizando os trâmites do regime democrático.
A Venezuela ameaça o continente, assim como o PT é um risco para a sociedade brasileira que cultua os valores da pluralidade e da liberdade. Em muitos momentos, Lula e Dilma atentaram contra os cânones da vida democrática, mas foram rechaçados por uma tênue maioria que também ignora os códigos de ética e a importância do bem-estar social. A dignidade do povo foi, infelizmente, esquecida por comunistas e liberais.
Pedro Henrique Chaves Antero
phantero@gmail.comProfessor de Ciências Políticas