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Artigo. Carlos Matos: "O mar vai virar sertão"
Opinião

Artigo. Carlos Matos: "O mar vai virar sertão"

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Pensar na economia do mar é lançar estratégias de como esse bem comum pode contribuir para o nosso desenvolvimento. Sendo a maior fonte de água disponível, o mar pode ser responsável por assegurar o abastecimento da Capital. Fortaleza é a quinta maior cidade do País e consome, por ano, 250 milhões de metros cúbicos de água. Com a implantação de uma dessalinizadora inicial, a produção seria de 60 milhões de metros cúbicos, ou seja, enquanto tiver mar, água não vai faltar.

 

Com a dessalinização, Fortaleza, Região Metropolitana e Complexo do Pecém teriam segurança hídrica e liberariam a água do Castanhão para desenvolver o interior do Ceará, em especial a região do Vale do Jaguaribe.


Sempre vimos a natureza como a solução para o desafio do abastecimento hídrico. O chover ou não sempre definiu nosso destino. Israel, desde 2004, livrou-se dessa expectativa. Precisamos dessa mudança de paradigma, saindo da expectativa da quadra chuvosa e buscando segurança hídrica no mar. Quando recebemos o embaixador de Israel, Yossi Shelley, neste mês, tivemos o testemunho de como superar os desafios hídricos que hoje se apresentam ao Ceará. Atualmente, o País tem 40% de sua água vinda da dessalinização, ou seja, eles já têm o domínio da tecnologia e a lógica de gestão das águas, fazendo com que a questão climática fosse superada.


Precisamos colocar um olhar mais estratégico para o Ceará e direcionar todo o investimento que foi feito em infraestrutura hídrica para desenvolver o Sertão. A indústria e a agricultura irrigada do Ceará têm um grande potencial a ser trabalhado para um desenvolvimento autêntico e equilibrado do Estado e a água é esse grande fator de avanço regional, de redução das desigualdades sociais e de geração de emprego no campo.


Carlos Matos

carlos.matos@al.ce.gov.br

Deputado estadual (PSDB)
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