Com a dessalinização, Fortaleza, Região Metropolitana e Complexo do Pecém teriam segurança hídrica e liberariam a água do Castanhão para desenvolver o interior do Ceará, em especial a região do Vale do Jaguaribe.
Sempre vimos a natureza como a solução para o desafio do abastecimento hídrico. O chover ou não sempre definiu nosso destino. Israel, desde 2004, livrou-se dessa expectativa. Precisamos dessa mudança de paradigma, saindo da expectativa da quadra chuvosa e buscando segurança hídrica no mar. Quando recebemos o embaixador de Israel, Yossi Shelley, neste mês, tivemos o testemunho de como superar os desafios hídricos que hoje se apresentam ao Ceará. Atualmente, o País tem 40% de sua água vinda da dessalinização, ou seja, eles já têm o domínio da tecnologia e a lógica de gestão das águas, fazendo com que a questão climática fosse superada.
Precisamos colocar um olhar mais estratégico para o Ceará e direcionar todo o investimento que foi feito em infraestrutura hídrica para desenvolver o Sertão. A indústria e a agricultura irrigada do Ceará têm um grande potencial a ser trabalhado para um desenvolvimento autêntico e equilibrado do Estado e a água é esse grande fator de avanço regional, de redução das desigualdades sociais e de geração de emprego no campo.
Carlos Matos
carlos.matos@al.ce.gov.br
Deputado estadual (PSDB)