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Ana Celina Irulegui Bueno: "É só um jornal?"
Opinião

Ana Celina Irulegui Bueno: "É só um jornal?"

A edição 30 mil é um momento para comemorar e reconhecer o quanto este veículo já fez e guardou de história
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É aniversário de certa forma, mas também é tempo de serviços prestados, é tempo em que, ao mesmo tempo, faz, registra e resgata história. Essas são exatamente as primeiras questões que vêm à cabeça quando encaro a página branca para falar das 30.000 edições d’O POVO. Imediatamente me reenquadro, e penso que deveria analisar este fato do ponto de vista de empresária, publicitária e cliente desta mídia. Mas esta condição deixa tudo muito pequeno diante do que é o Jornal para nós, enquanto profissionais ou cidadãos.

 

É nesta última condição que me sinto mais inclinada a registrar o quanto, num rápido exercício de memória, me vêm aspectos extremamente significativos como o evento Festival Vida & Arte; o projeto de artes plásticas com peças gráficas belíssimas de importantes figuras do Ceará; as obras editadas pela Fundação Demócrito Rocha; a coluna “O POVO é história”, que resgata diariamente fatos da história do Ceará e dos cearenses e que eu, por ser gaúcha e apaixonada por esta terra, sou leitora frequente como forma de conhecer, me inserir e criar mais laços; e finalmente não posso deixar de registrar o Anuário do Ceará, cuja edição 2017-2018 foi recentemente lançada.


Diante desse rápido passeio pela memória – pesquisa profunda rememoraria vários outros projetos e produtos –, uma interrogação imediata surge. Isso tudo é um jornal? Sim, isso tudo tem como ponto de partida um jornal que assume como nenhum outro o seu papel de participação ativa na vida da sociedade, de registrar informações do cotidiano e a partir delas gerar novos conteúdos, novas leituras, tornando-se assim um importante banco de dados do Ceará e dos cearenses, pois não registra e condensa somente a notícia. Analisa comportamentos, registra a cultura e se torna um pouco a memória de todos nós.


A edição 30 mil é um momento para comemorar e reconhecer o quanto este veículo já fez e guardou de história. Realmente fiquei absorvida por essa natureza de pensamentos e preciso voltar ao briefing, preciso pensar n’O POVO como mídia, como espaço que utilizo e recomendo em qualquer dos nossos planejamentos de comunicação, todos fundamentados a partir de métricas de tiragem, circulação e pesquisas que analisam o comportamento de consumo.


Desnecessário dizer do quanto os espaços publicitários do jornal impulsionam vendas e referendam marcas. É indiscutível que estamos diante de um patrimônio vivo, ativo e em constante transformação.

 

Ana Celina Irulegui Bueno

ana@acessocomunicacao.com

Diretora da Acesso Comunicação, vice-presidente do Sindicato de Agências de Propaganda do Estado do Ceará (Sinapro-CE) e diretora da Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap-CE)

 

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