Mas, para que esta economia consiga alcançar todo o seu potencial de desenvolvimento, é preciso cuidar da mudança no relacionamento dos produtores com o mundo dos negócios culturais. Isso quer dizer que trabalhar qualquer forma de criatividade como negócio significa potencializar este negócio de modo diversificado. Seja por meio da profissionalização de processos, seja expandindo seu alcance de serviços e produtos, ampliando o público-alvo ou criando novas frentes de trabalho.
O artista/criador precisa perceber que o saber e o fazer artístico como negócio precisam de modelagem, planejamento e investimento. Esta mudança de atitude pode ajudar a dinamizar e qualificar o encadeamento produtivo do empreendedor cultural com o ambiente dos negócios, tanto estabelecendo níveis de conhecimento técnico e conceitual sobre gestão, produção, controle, investimento e comunicação, como tornando-o estável, mais competitivo e passível de expansão.
Um dos trunfos para garantir o fortalecimento dos negócios relacionados à economia criativa está nos modelos colaborativos, por meio de coletivos ou de maneira pontual. Dessa forma, os produtores têm a possibilidade de encontrar parcerias e recursos para viabilizar seus projetos/ideias, expandindo seu campo de atuação e fomentando seus produtos/serviços.
Joaquim Cartaxo
cartaxojoaquim@bol.com.brArquiteto urbanista e superintendente do Sebrae Ceará