No entanto, enquanto o povo amarga índices recordes de desemprego e economia paralisada, o chefe maior da Nação, diante não só de seríssimos indícios, mas de provas, aparece para negar as ocorrências e, pior, dizer que fica!
Ficará, exceto se houver, no País ou uma hecatombe ou um movimento tão forte que pare absolutamente tudo, a ponto de alguém, Deus sabe quem, chegue para o Michel e lhe diga: “presidente, não dá mais!”.
Ficará porque sabe ele que possui diante de si um grande escudo e que, se renunciar, a blindagem sai de cena, com fortes chances de cárcere. E ficará pois não possui ele, em verdade, nenhum compromisso com a Nação, mas apenas consigo mesmo, e pronto!
Diante do caos, haveria de existir, no Texto Constitucional, dispositivo prevendo que, em tais catástrofes institucionais, a saída seria o esvaziamento geral, nos Três Poderes Federais. Saem todos! Não fica nenhum! Nem no STF! Assume o comando dos Poderes grupo de Dezoito Notáveis, desvinculados da Política, Seis no STF, Seis no Executivo e Seis no Legislativo. Neste último, trocar-se-ia quase 700 por Seis, com economia para a Nação e para a Previdência.
Mas a citada solução utópica constitucional, claro, não existe em nossa democracia!
E, enquanto esse enredo nefasto se desenrola, fica a missão árdua de criar filhos, tentando mostrar que o caminho da ética e respeito ao próximo é o melhor, buscando ensinar que tirar o que é de todos é tirar, em última análise, o que é de cada um. Por tudo, começo a acreditar que o homem não “possa sobreviver aos próximos 1000 anos, a menos que nos espalhemos pelo espaço”. (Stephen Hawking)
Rodrigo R. Cavalcante
rodrigocavalcante@granlink.com.brBrasileiro e pai de família; professor universitário