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30 mártires brasileiros são canonizados
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30 mártires brasileiros são canonizados

Assassinados no Rio Grande do Norte durante a colonização do País, no século XVII, os mártires haviam sido beatificados, em 2000, pelo papa João Paulo II
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O papa Francisco canonizou nesse domingo 35 pessoas, incluindo 30 mártires assassinados no Brasil no século XVII por calvinistas holandeses. A missa, com o tradicional rito de canonização, na qual o papa Francisco pronunciou uma homilia, foi acompanhada por 35 mil fiéis na praça de São Pedro. No Rio Grande do Norte, a cerimônia de canonização foi acompanhada por cerca de 400 fiéis através de um telão montado junto ao monumento dedicado aos mártires, no município de São Gonçalo do Amarante.


As canonizações são o reflexo da violenta história da evangelização na América Latina, que teve início no estado brasileiro do Rio Grande do Norte em 1597 com os missionários jesuítas e os padres procedentes do reino católico de Portugal. Mas nas décadas seguintes, a chegada de holandeses calvinistas gerou perseguições contra os católicos.


Os padres André de Soveral e Ambrosio Francisco Ferro, assim como 28 companheiros laicos canonizados ontem foram os primeiros mártires do Brasil, assassinados por índios e soldados holandeses durante dois massacres em 1645 em Cunhaú e Uruaçu.


Estes mártires, homens, mulheres e índios, beatificados em 2000 por João Paulo II, morreram de maneira violenta, alguns deles com os corações arrancados após torturas e mutilações, segundo os historiadores.


Foram declarados santos também três jovens mexicanos martirizados no século XVI: Cristóbal, Antonio e Juan; além do padre espanhol Faustino Miguez (1831-1925) e o frade italiano Antonio Falcone (1669 - 1724), conhecido como Angelo d’Acri.


Amazônia


Também ontem o papa Francisco anunciou a convocação de um sínodo especial dedicado à Amazônia, que acontecerá em outubro de 2019 em Roma.


“O objetivo principal desta convocação é encontrar novos caminhos para a evangelização daquela parte do Povo de Deus, especialmente os indígenas, geralmente esquecidos e sem a perspectiva de um futuro sereno, também por causa da crise da floresta Amazônica, pulmão de capital importância para nosso planeta”, disse o papa. O anúncio surpreendeu até o cardeal d. Claudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo e atual presidente da Comissão da Amazônia, da Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).


O pontífice pediu aos novos santos, pouco depois da canonização da Praça de São Pedro, que intercedam por este “evento especial”.
(Com as agências)

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