A chegada à câmara dos deputados da AfD é uma mudança na história alemã do pós-guerra. Devido a seu passado nazista, a Alemanha foi durante muito tempo um dos poucos países europeus a não ter tido um movimento anti-imigrantes em atuação, ao contrário de vizinhos como França, Holanda e Áustria.
A comunidade judaica manifestou preocupação. O Conselho Central dos Judeus da Alemanha convocou o país a “lutar pela democracia e defender seus valores com veemência”, enquanto o Congresso Judeu Mundial (WJC) denunciou o programa “infame” do partido.
A AfD, que estimula o medo aos imigrantes, sobretudo muçulmanos, está muito presente nas redes sociais e contratou a mesma agência de publicidade americana que colaborou com Donald Trump no passado. É favorável à saída da Alemanha da zona do euro e defende uma postura tradicional sobre a família. Também pede a anulação do Acordo de Paris sobre o clima.
Protestos
Logo após a divulgação dos primeiros resultados da eleição, milhares de pessoas participaram de protesto em Berlim contra a AfD. Os manifestantes criticavam o discurso xenófobo de “um partido que fez da rejeição aos imigrantes e refugiados o principal eixo de campanha”.