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EUA advertem que Coreia do Norte arrisca a sua "destruição"
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EUA advertem que Coreia do Norte arrisca a sua "destruição"

O secretário norte-americano de Defesa, Jim Mattis, pediu que a Coreia do norte "detenha" o desenvolvimento de armas nucleares e pare de fomentar ações que levem "ao fim de seu regime e à destruição de seu povo"
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Os Estados Unidos advertiram a Coreia do Norte, ontem, de que o país está arriscando a sua “destruição” se continuar com o programa armamentista, depois que o presidente Donald Trump se gabou do poder americano diante da crescente inquietação internacional.


Um dia depois de prometer “fogo e fúria” a Pyongyang “como o mundo nunca viu”, Trump comemorou no Twitter ter modernizado o arsenal nuclear dos EUA, que “agora é mais forte e poderoso do que nunca”, escreveu. “Espero que nunca tenhamos que usar esse poder”, acrescentou, após a sua advertência sem precedentes ao governo de Kim Jong-Un, que ameaçou atacar o território americano com mísseis nucleares.


Longe de apaziguar a situação, o secretário americano de Defesa, Jim Mattis, pediu que a Coreia do norte “detenha” o desenvolvimento de armas nucleares e pare de fomentar ações que levem “ao fim de seu regime e à destruição de seu povo”.


Em sintonia com os tuítes de Trump, o chefe do Pentágono minimizou o poderio militar de Pyongyang, afirmando que “perderia qualquer corrida armamentista ou conflito que começasse” com os EUA.


A repercussão dos tuítes de Trump e de sua incendiária declaração afetaram a queda do dólar, as principais bolsas mundiais e despertaram inquietações. A China exortou que se evitem “as palavras e os atos suscetíveis” de agravar a situação, enquanto Berlim pediu “moderação” às partes. A França, no entanto, elogiou a “determinação” de Trump ante Pyongyang.


O secretário-geral da ONU, António Guterres, se mostrou “preocupado”, e pediu por meio de seu porta-voz que reduzam as tensões e apelem para a diplomacia. A pedido de Washington, a ONU endureceu sanções contra Pyongyang por seu programa nuclear, que poderia custar ao governo norte-coreano um bilhão de dólares anuais.


Reação norte-coreana

A Coreia do Norte disse ontem que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é “desprovido de razão”, em meio à escalada de Washington com Pyongyang sobre o programa nuclear do norte-coreano”. O regime avalia atacar com mísseis balísticos de médio alcance as imediações das bases militares americanas na ilha de Guam, no Pacífico, segundo relatórios da agência KCNA.

 

“O diálogo sadio não é possível com um sujeito sem razão e apenas uma força absoluta pode funcionar com ele”, disse o serviço oficial de notícias KCNA citando o general Kim Rak Gyom, do exército popular coreano, na manhã de quinta-feira (horário local, noite de quarta-feira no Brasil). (AFP)

 

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"Acho que os americanos devem dormir bem, sem nenhuma preocupação sobre esta particular retórica dos últimos dias", disse o chefe da Diplomacia americana, Rex Tillerson, após justificar a "mensagem forte" do presidente Trump. Sobre o fato de os comentário de Trump surpreenderem o seu círculo mais próximo, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, disse que o Conselho de Segurança Nacional e outros funcionários sabiam que "o presidente iria responder (...) com uma mensagem forte em termos inequívocos".A retórica de Trump tem apresentado uma escalada em relação a Pyongyang, após dois testes bem-sucedidos de mísseis balísticos intercontinentais.

 

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