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OEA deve convocar reunião sobre crise venezuelana
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OEA deve convocar reunião sobre crise venezuelana

O secretário-geral da OEA fez a solicitação um dia após cerca de 200 supostos partidários do governo de Maduro invadirem a Assembleia Nacional e atacarem congressistas e funcionários, em um episódio que deixou 12 feridos
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O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, solicitou ontem que a entidade realize uma sessão extraordinária para analisar a crise na Venezuela.


Em Caracas, o dia foi de mais protestos nas ruas e uma novo enfrentamento entre o Tribunal Supremo de Justiça e a procuradora-geral, Luisa Ortega Díaz.


Almagro pediu ao embaixador do Brasil José Luiz Machado e Costa que convoque a sessão nesta sexta-feira, em sua condição de presidente rotativo do Conselho Permanente.


O secretário-geral fez a solicitação um dia após cerca de 200 supostos partidários do governo do presidente Nicolás Maduro invadirem a Assembleia Nacional e atacarem congressistas e funcionários, em um episódio que deixou ao menos 12 feridos.


Na tarde de ontem, houve um novo momento de tensão entre o Tribunal Supremo e Ortega Díaz. A nova vice-procuradora, Katherine Haringhton, nomeada na terça-feira pela corte, se apresentou na sede do Ministério Público para assumir o cargo. Ela não conseguiu, porém, fazer isso, já que as portas estavam fechadas.


Ortega Díaz escreveu uma mensagem a respeito em sua conta no Twitter e disse que responsabiliza a polícia política e a Guarda Nacional por “qualquer situação irregular” que ocorra contra a sede e funcionários desse organismo. A denúncia de Ortega Díaz coincidiu com a aparição de cerca de 20 guardas nacionais nos arredores da Procuradoria-Geral.


“Eu venho trabalhar todos os dias”, afirmou Haringhton à imprensa. Ela trabalhou na Procuradoria-Geral durante 23 anos, até 2015, quando pediu sua aposentadoria e foi transferida para o Ministério das Relações Exteriores. A procuradora-geral se rebelou nesta semana contra o Tribunal Supremo, qualificando-o como “inconstitucional e ilegítimo”. (Agência Estado)

 

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