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Após vitória em Mossul, é hora de "estabilidade e a reconstrução"
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Após vitória em Mossul, é hora de "estabilidade e a reconstrução"

Para Haider Al-Abadi, primeiro-ministro do Iraque, a derrota do grupo extremista islâmico, marca o "afundamento" do seu Estado fictício
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O primeiro-ministro iraquiano, Haider Al-Abadi, declarou ontem que, após a vitória em Mossul contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI), a prioridade para o governo é a “estabilidade e a reconstrução”. Durante um discurso em Mossul, segunda maior cidade do país que as forças iraquianas recuperaram após quase nove meses de devastadores combates, Abadi destacou uma vitória “sobre a brutalidade e o terrorismo” do EI.


Para Abadi, a derrota do grupo extremista islâmico, que havia assumido o controle de Mossul em junho de 2014, marca o “afundamento” do seu Estado fictício.


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também elogiou a reconquista nesta segunda-feira.

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“A vitória em Mossul demonstra que os dias (do EI) no Iraque e Síria estão contados”, disse Trump em comunicado, em que saudou al-Abadi.


Contudo, o tenente-geral Stephen Townsend, comandante da coalizão anti-extremista liderada pelos EUA, alertou que “ainda resta uma dura luta à frente”. Apesar de ter reconhecido que a vitória é “um golpe decisivo” nos rebeldes, Townsend alertou que ela “não elimina” o EI.


No domingo, Haider Al-Abadi chegou a proclamar oficialmente a libertação total desse ex-reduto do grupo EI.


Mas os confrontos prosseguiam ontem em reduzida área de cerca de 200 metros onde os últimos extremistas se entrincheiraram na Cidade Antiga, segundo o general Sami al-Aridhi, um dos comandantes das forças de elite de contra-terrorismo (CTS).


“Eles não aceitaram a rendição. Gritam ‘não vamos nos render, queremos morrer”, acrescentou.Mas “as operações estão em sua fase final e é provável que os combates terminem hoje”, apontou.


História

Mossul outrora foi conhecida por suas finas musselinas e seus tesouros arqueológicos. Atravessada pelo rio Tigre e situada a 350 km ao norte de Bagdá, Mossul é a capital da província de Nínive, rica em petróleo. Cidade de maioria sunita numa região premoninantemente curda, tradicionalmente tinha numerosas minorias em sua população (curdos, turcomanos, xiitas, cristãos...). Era uma tradicional rota comercial entre Turquia, Síria e o resto do Iraque.

 

Mas a região se tornou um terreno de violência diária após a invasão americana ao Iraque, em março de 2003. Último feudo do partido Baas, de Saddam Hussein, a cidade se transformou, mais tarde, na fortaleza da rede terrorista Al-Qaeda.


Em 10 de junho de 2014, no segundo dia de sua fulgurante ofensiva no Iraque, os jihadistas do “Estado Islâmico do Iraque e do Levante” (EIIL) tomaram Mossul, que à época, tinha 2 milhões de habitantes, aproveitando-se de uma debandada do exército iraquiano. (Agência Francepress)

 

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