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FBI investiga alto funcionário da Casa Branca em caso Trump
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FBI investiga alto funcionário da Casa Branca em caso Trump

O New York Times revelou que em 10 de maio Trump chamou de %u201Clouco%u201D ex-diretor do FBI James Comey, durante reunião com o chanceler russo
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A investigação do FBI sobre os vínculos entre a equipe da campanha de Donald Trump e a Rússia aponta para um alto funcionário atualmente na Casa Branca, “próximo” ao presidente americano, revelou ontem o jornal Washington Post. O nome deste funcionário não foi divulgado pelo jornal, mas o FBI o considera uma testemunha importante, segundo a matéria.


Já se sabia que ex-conselheiros de Trump estavam na mira dos investigadores, fundamentalmente o ex-assessor de segurança nacional Michael Flynn e o ex-diretor de campanha Paul Manafort.


O presidente republicano voltou a negar, na quinta-feira, qualquer colusão com a Rússia na campanha eleitoral.


O porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, afirmou nesta sexta-feira que a investigação - entregue desde a quarta-feira ao procurador independente Robert Mueller - confirmará a versão de Trump.


O New York Times revelou ainda, nesta sexta-feira, que em 10 de maio Trump chamou de “louco” o ex-diretor do FBI James Comey, durante uma reunião com o chanceler russo, Sergei Lavrov, no Salão Oval da Casa Branca.


“Acabo de demitir o chefe do FBI, estava louco, completamente maluco”, disse Trump ao diplomata russo, segundo uma transcrição oficial sobre o encontro redigida pela Casa Branca.


“Estive sob forte pressão por causa da Rússia, mas já diminuiu”, revelou Trump, em uma declaração que contradiz as afirmações da Casa Branca de que a saída de Comey nada teve a ver com a questão. Sean Spicer explicou nesta sexta-feira que Comey representava para Donald Trump um obstáculo ao progresso dos vínculos com a Rússia.


O ex-diretor do FBI James Comey, demitido de forma inesperada há dez dias pelo presidente Donald Trump, aceitou testemunhar em uma audiência pública no Senado americano - anunciaram as lideranças da bancada republicana e democrata da Comissão de Inteligência da Casa.


“Espero que o testemunho do ex-diretor Comey permita responder a algumas das perguntas que surgiram desde que foi demitido, de repente, pelo presidente” Trump, disse o senador democrata Mark Warner, citado em um comunicado conjunto divulgado com seu colega republicano dessa comissão, Richard Burr. A audiência será no último fim de semana de maio.


A viagem de Trump

Riad, Jerusalém, Belém, Roma, Bruxelas e Sicília: o presidente Donald Trump, em dificuldades em Washington, iniciou nesta sexta-feira uma viagem que será acompanhada de perto nas capitais de todo o mundo.

 

O presidente americano decolou nesta sexta de Washington, a bordo do Air Force One, acompanhado por sua esposa, Melania, e sua filha, Ivanka. (AFP)

 

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Esta primeira viagem prolongada - cinco países em oito dias, uma série de reuniões - promete ser um exercício difícil para o presidente dos EUA. A avalanche de revelações que precedeu sua partida o colocou em uma posição delicada em seu país e reavivou dúvidas sobre a sua capacidade de desempenhar a função presidencial na presença de seus homólogos.


“O fato é que ninguém sabe como Donald Trump vai se comportar ou o que dirá nas reuniões que nunca esteve”, resume Stephen Sestanovich, do Conselho de Relações Exteriores. Os conselheiros do presidente imprevisível, de 70 anos, afirmam que seu estilo “amigável, mas franco” é uma garantia de eficiência nas relações internacionais.


Trump, pouco simpático a viagens longas, será acompanhado por sua esposa Melania. Sua filha Ivanka e seu genro Jared Kushner, dois dos seus assessores mais próximos, também embarcaram no avião presidencial.

 

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