Conheci muitas ao longo dos anos. Muitas meigas, tímidas, orgulhosas, feias e bonitas. Embora, para alguns, tais características possam ser vitais para que seus olhos brilhem para além do espontâneo, vejo, no entanto, sem muito desvelo.
Há alguns meses, por força do destino, encontrei-me curioso, absolutamente desejoso de entender e desvendar o que se encontrava sob os olhos marejados, a face madura e consciente, o andar firme, a áurea singela e tentadora. Uma mulher diferente. Não buscava se exibir. Era ela em seu espaço e em suas virtudes.
Tivemos poucas oportunidades para dialogar. Tínhamos nossas escolhas à frente de qualquer passatempo. Apesar disso, escavei, superficialmente, as qualidades que eu louvo enquanto observador. De Limoeiro do Norte, com sotaque característico, o olhar recluso, a voz calma e educada, de notável inteligência, o coração regado de fé, a mente adulta e responsável. Eis que muito lhe tinha a dizer, mas perdia-me diante da concentração em poder lhe observar.
Continuas humilde, resiliente e concisa no que fala. És a mesma menina que sonhou com cuidar de gente, e cada ano que passa se aproximas disso. Assim, diante de sua singela face, permaneço admirador dessa obra de Deus, dessa obra fruto de amor, dessa bela limoeirense!
Israel Viana de Albuquerque
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