Desconfie de quem quer mais,
mas desconfie apenas do que conhece.
E não confunda esse mais com muito.
Quem tem muito, às vezes, merece...
Quem apenas quer mais, digo:
Excesso sem uso, apodrece.
Por isso gasto, uso e conserva
devem estar ligados ao ser, querer e precisar.
Nunca ser apenas o que preserva
tua aparência semelhante a um exemplar.
Quanto maior a casa, melhor;
quanto maior o salário, amor.
Mas quanto maior o amor, melhor a casa
e quando toda necessidade está
ligada ao que mantém o peito à brasa...
Todo mundo está em brasa desejando excesso.
Com o peito às traças.
A dispensa cheia. Um pregresso!
Cheio de problemas: um exemplo....
Para uns, de sucesso.
Para este poema, de fracasso.
Francisco Emanuel Sousa Lima
Emanuels.l@hotmail.com