Oh!Iemanjá!Finalmente avistei os Palmares depois de tanto rondar os sete mares
No porão do navio crianças
negras com saudade de seus lares
A escuridão tomava conta dos ares
Negras que não tinham mais seus pares
Lágrimas salgavam os sete mares
Nos Palmares uma negra
ganhava força para não desistir
Encontrou um guerreiro
para seus sentimentos repartir
Tambores tocavam,as estrelas brilhavam,
os mares se agitavam,os ventos
anunciavam seu guerreiro tinha que partir
Os tambores já não vibravam
As estrelas já não brilhavam
Os mares já não se agitavam
Os ventos anunciavam
Seu guerreiro caiu numa encruzilhada
Ela terá que continuar só em sua jornada
Angustiada com tudo isso decide sair do seu Quilombo para refletir em frente ao mar em busca de se acalmar.
Helio Cavalcante Donadi
heliodonadi@gmail.com