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Direto da Escola
Jornal-Do-Leitor

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Edição Impressa
Tipo Notícia

Mãe de todo jeito


Viviane Lima

Repórter Cuca Mondubim

Tem mãe de todo jeito,
perfeita ou cheia de defeitos.
Tem mãe modelo magrinha...
tem mãe igual uma bolinha.


Tem mãe que resolve as coisas na fala,
tem outras que já partem pra vara!
Tem mãe que ama receber presente.


Tem outras que só sua presença já é o suficiente.
Tem mãe empresária... mãe cantora...
dona de casa... mãe doutora...
Tem mãe que adora sair pra uns rolé,
tem outras que de casa num arreda o pé!
Tem mãe elétrica, mãe dorminhoca,
mãe durona, mãe manhosa...
Mãe é bicho bipolar!


O humor dela vai sempre mudar.
Ás vezes vai te acariciar com leveza...
outras vezes vai querer te dar uma tijolada na cabeça!
Mas não importa como ela seja,
ou como esteja.


O que importa é que ela é importante!
Sua presença sempre vai ser constante.
E o mundo inteiro tem que saber
que eu amo você.

 

Vamos abraçar o planeta


Aluísio Cavalcante Junior

Correspondente Mestre do Colégio Santa Cecília

E ali, diante de mim, estava o oceano. Mar do meu amar. O encontro de elementos formando as ondas que iam e viam, chegando e retornando as águas infinitas em relação ao meu olhar, que deslumbrado com sua beleza, o contemplava, esquecido do tempo, mas colorido de vida.


Havia, também, o ar. Ondas em forma de ventos, ora suaves, ora intensas, que se agitavam diante de mim, inspirando minha vida a voar. Voar sobre o oceano tão belo que ali estava, intensamente forte, maravilhosamente calmo, completamente belo.
 

E, completando a cena que meus olhos viam, as pegadas que ficavam na areia, enquanto caminhava em direção ao mar, respirando aquele ar que chegava com os ventos, fazendo com que eu esquecesse o tempo e apenas agradecesse esse milagre de estar vivo, sentindo a grandiosidade desse planeta, tão único em sua beleza, tão belo em sua natureza.
 

Tão bom estar vivo e ter consciência dessa vida. E tendo essa consciência, abraçar esse planeta, tão generoso com as vidas que o habitam. E, nesse abraço, entender que o planeta, que existe f ora de nós, também pulsa dentro da gente, ao som do nosso coração. Planeta que, ao contrário do que pensamos, não nos pertence, mas ao qual somos nós que pertencemos, mesmo que muitos ainda não entendam essa lição.

 

Um toco sozinho


Iva Letícia Lóscio Rodrigues
Correspondente do Colégio Master Bezerra

Uma muda foi plantada no estacionamento.No estacionamento uma muda foi plantada.


Pequena, verde e pouco resistente, se dobra com o vento. Alguns funcionários do estacionamento lhe puseram uma proteção, quase como uma gaiola. Vândalos derrubam a proteção e quebram seu caule.
 

Novamente, é ajudada com suportes e se renova. O tempo passa, a planta cresce. A planta cresce, o tempo passa. Já é uma árvore, não muito grande, não muito pequena. Suas raízes se contorcem por debaixo do cimento, deixando deformidades.
 

Sempre crescendo por debaixo, passivamente protestando contra a cobertura dura do solo. O proprietário chega dando ordens: “precisamos expandir”. Ordem e progresso. Progresso e ordem.
Já não há espaço para a árvore, ela já não tem seu valor.
 

As mesmas pessoas boas que lhe deram o suporte, agora fazem um anel em seu tronco e asfixiam suas raízes. Depois de enfraquecida, amarram os galhos e cortam a base. E sobra apenas um toco. E um toco sobra apenas.

 

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