Israel Viana

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Definitivamente não sou desta geração, não penso, não sinto, não ouço, não compartilho das mesmas aspirações desta época. Sou mais antiquado, estou repleto dos anos 30. Acredito naquele tempo feliz, em que o amor surgia do improvável, das distâncias e das honrarias.

Hoje, inesperadamente, conheci uma história de duas pessoas que se amam, mas que de algum modo estão à luz do desencontro.

O rapaz é de outras terras, as de João de Barros. Estudante fiel aos livros e cálculos. A garota é desta capitania de Antônio Cardoso de Barros, também estudante, aspiradora das ciências médicas. E como se unem? Como passam a se envolver? De repente, entre conversas surpreendentes, entre o conhecer e o descobrir,

forma-se a aliança das

partilhas de prazer.

Para ela, a beleza dele era limitada, mas de repente, costuram-se novos fios, algumas fotos surgem, algumas amizades se combinam e, pois, tem-se o tecido essencial ao amor: um beijo inesperado, firme e conclusivo.

Porém, o rapaz está à espera do resultado de um concurso, um sonho que ele almeja, e se aprovado, não pode abandoná-lo. Para tanto, terá que morar longe, lá pras bandas das terras de Duque de Caxias...

Embebida do não planejado, agora diante do cruel destino da partida! Torna a Suriento, não se vá! O estudo quer levar você a terras mais frutíferas ao seu plantio, e ela? Sofre, sofre...

Do nada, de repente, essas palavras podem salvar aquilo que é tão belo. É chave desse amor.