Logo O POVO+
Noite no Hospital São José
Jornal-Do-Leitor

Noite no Hospital São José

Edição Impressa
Tipo Notícia Por
NULL (Foto: )
Foto: NULL
[FOTO1]

Paulo Avelino B. Silva

pauloavelino@yahoo.com.br

 

Na noite do dia 31 de agosto a seleção do Brasil entrava em campo para jogar contra o Equador e eu adentrava a portaria do Hospital São José. Na verdade, eu chegara um pouco antes. Levava minha esposa para um atendimento. Na portaria, uma moça nos atendeu. Éramos os únicos. Minha esposa fez um rápido cadastro. Depois, entrou para a triagem, numa sala em frente. Poucos minutos, nós procurávamos a sala do médico. Ainda nos situávamos nas portas quando ele nos chamou, de um consultório.


No final da consulta o doutor disse: “Quer começar a fazer os exames agora?” E fomos à coleta de sangue. Enquanto minha esposa tirava a amostra, eu circulei pelo pátio. Algumas ambulâncias paradas, enfermeiros ao longe, muito silêncio. Depois fomos ao setor de raios X. Alguém disse que a enfermeira ficava sozinha, ela devia estar jantando, mas iriam avisá-la. Logo a moça chegou, e ela mesma chamou minha esposa.


Enquanto ela tirava as chapas, Neymar e companhia entravam no gramado e eu assistia pela TV da sala de espera. Chegou outra família, logo também atendida. Depois das chapas fomos liberados. Ao todo, passamos lá cerca de uma hora.


Ouvimos horrores de nossos serviços de saúde e de seus profissionais, principalmente os da área pública. Reclama-se de tudo. Por isso, escrevo esta história. Naquela noite, no Hospital São José só vi respeito, profissionalismo e gentileza. Não, foi atendimento de Primeiro Mundo. Foi nosso, mesmo. Porque nós merecemos.

O que você achou desse conteúdo?