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Depois que morre...
Jornal-Do-Leitor

Depois que morre...

Edição Impressa
Tipo Notícia Por
Mariane Pereira

marianepereiralopes@hotmail.com


Todo mundo vira fã. É este tipo de frase que lemos nas redes sociais após a morte de alguém famoso. Já faz mais de um mês que Belchior deixou este mundo para cantar entre as estrelas e eu sou apenas uma estudante latino-americana que conheceu suas músicas bem tardiamente. “Como nossos pais” foi a primeira, mas ainda continuo injustificável, pois ouvi pela primeira vez na voz de Elis. Depois, “Medo de avião” e, logo, “Apenas um rapaz latino-americano” e “Sujeito de sorte”. Me envergonho de conhecê-lo tão pouco. Queria ter desfrutado mais da poesia e da musicalidade deste filho do Mucuripe, amante da Divina Comédia Humana e dedicado à alucinação. Quando me debrucei a ouvir suas músicas, fiquei inebriada com letras tão ricas, qualidade rara nas músicas atuais. Elas traduzem histórias, expõem saudades e amores, fortalecem a juventude e enriquecem nossa cultura. Tudo bem, críticos de Facebook, não sou lá essa fã tão digna, mas o lado bom de ser fã de Belchior é saber que, como um sujeito de sorte, ele será sempre são e salvo e forte em nossas memórias.

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