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Um dia de chuva, um dia de sol
Jornal-Do-Leitor

Um dia de chuva, um dia de sol

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Francisco Emanuel

emanuels.l@hotmail.com

Os dias de chuva convida a nós, seres cansados, a um agradável e merecido descanso. Debaixo dos lençóis, olhamos pros dias de chuva desejando que sejam dias de folga - o que não quer dizer que sejam dias improdutivos... Ócio criativo! Mas, como para tudo há assimetria, os dias de sol não apenas nos convida, como nos insulta a ação. O descanso nos dias de chuva, embora seja o sonho de muitos, deve ser o mérito daqueles que nos dias de raios, trabalham como se aproveitassem dias raros.


Sabemos, portanto, que em dias de chuva não se lava roupa, assim como não se doura a pele. Em dias de chuva, se suja roupa, prepara-se a pele para a agressão saudável aplicada pelos dias de sol a quem levanta cedo, veste a armadura e sai com uma mão no guidão e a outra no amuleto; os pés no chão e, na mente, a utopia dos planos perfeitos... Enquanto nos dias de chuva não há clima para agir, nos dias de sol não há tempo para pensar. Ação é a palavra chave!


Fossem períodos políticos o que nas linhas passadas chamei de dias de sol e chuva, poderíamos dizer que nos últimos 14 anos, vivemos um belo dia de chuva daqueles que até incentivo se encontra para ler um livro, em um bom lugar. Passados esses dias de descanso, não nos atribulemos! Ou queríamos para sempre viver debaixo dos lençóis, ociosamente criando?! O sol nasceu! E para quem pensa que estamos vivendo dias de escuridão, engana-se: é chegada a hora de agir, caminhar com as próprias pernas e, se uma geração passada agradece aos incentivos governamentais pelas condições educacionais e financeiras favoráveis, essa geração tem, e somente tem, a possibilidade de agradecer aos próprios passos por qualquer mínimo de sucesso que venha a conquistar. E água, você economizou? Porque estamos no início de mais uma estiagem.

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