Felizmente há esperança. A despeito da violência, a Cidade tem espaços públicos ainda utilizáveis por seus habitantes. Eles são menos do que Fortaleza merece, mas são mais do que muita gente pensa. Podem ser uma praça como a Luiza Távora ou a Praça das Flores (na Aldeota), o Aterro da Praia de Iracema, a Praça Argentina Castelo Branco (no Bairro de Fátima), uma Areninha da Prefeitura, a Beira Mar (apesar de tudo), o Passeio Público e onde mais as pessoas se disponham a ir e utilizar. Desistir deles é a morte da Cidade, como acontece com a nobilíssima Praça do Ferreira, com tons de zumbi. A desistência é não sair para rua nem para passear com o cão, caminhar com as crianças ou fazer a feira. Sim, para estas três o mercado já criou suas soluções. Pela ordem, os pet places, os playgrounds e agora as feirinhas intra muros. Legítimos, tais formatos resolvem o imediato.E salve a criatividade. Mas, importante, salvemos a Cidade.

Por Jocélio Leal