É antes dos 30 anos que se deve começar a planejar a compra do primeiro imóvel. É nessa fase que a pessoa geralmente possui menos gastos. De acordo com Marcelo Carvalho Ribeiro, consultor financeiro e proprietário da ELO Soluções Financeiras, quanto mais novo no planejamento e na compra do imóvel, melhor, já que a pessoa tem a opção de parcelar e se livrar do financiamento enquanto ainda é jovem.

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“Antes dos 30 anos é a melhor época, apesar de que o brasileiro ainda está se educando, financeira e profissionalmente. É crucial aproveitar o momento que se forma, consegue um emprego e faz uma pós-graduação, já que vai ganhando dinheiro e se profissionalizando para lucrar mais no futuro. Só é preciso ter noção do curso e emprego que está escolhendo, para, por fim, colocar no papel quanto vai ganhar nos próximos anos”, explica. O especialista ainda destaca que deve aproveitar para poupar enquanto não se têm família ou filhos.

As pessoas mais jovens, antes dos 30 anos, entretanto, não vão ter uma reserva extensa para garantir a entrada do financiamento. A melhor opção é guardar 30% da renda para, investir na primeira parcela da casa. “Esse valor não dói no bolso e, dependendo do mês, pode ser que ainda sobre mais dinheiro. O salário de alguém formado gira em torno de R$ 2.500, o que se torna vantajoso para quem ainda mora com os pais. Entretanto, isso facilita quando se tem uma educação financeira. Tem que ter o exercício de guardar dinheiro”, diz.

Ele ainda destaca a importância de começar sem pressa, pesquisando e se informando sobre o lugar da possível compra. “Investir em um imóvel pequeno, bem localizado e que possa ser vendido ou alugado oferece um leque de alternativas de vendas se as dificuldades começarem a surgir”, explica. O especialista ainda lembra de que se for comprar na planta, o indicado é se certificar sobre o histórico da construtora.

Marcelo, por fim, destaca a importância de crescer com o tempo no trabalho para ganhar estabilidade e acelerar as prestações no orçamento, tornando menor o tempo de parcelas do imóvel. “Outra opção é juntar as escovas de dente com a pessoa amada e dividir nos próximos anos o valor do imóvel. Só é uma responsabilidade imensa repartir algo assim com alguém”.

Já o economista Vitor Leitão destaca que é importante começar com um imóvel mais modesto e depois usá-lo como entrada para outro superior. “É uma dica que, ainda que arriscada, faz com que o proprietário se especialize em compra e venda de residências”, explica.

Ele enfatiza a importância de analisar as taxas de juros, que oscilam dependendo da época. O proprietário pode até optar por um consórcio, o que garante novas alternativas, caso o dinheiro acabe em algum mês específico. “É indicado e obrigatório criar uma programação que tenha sentido para o bolso da pessoa ou da família”, diz.