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Brasil homenageia Marielle um ano após assassinato
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Brasil homenageia Marielle um ano após assassinato

| MANIFESTAÇÕES | Atos em várias capitais lembraram a vereadora
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Uma mulher segura uma placa que homenageia Marielle em missa na Igreja da Candelária (Foto: CARL DE SOUZA / AFP)
Foto: CARL DE SOUZA / AFP Uma mulher segura uma placa que homenageia Marielle em missa na Igreja da Candelária

O Brasil prestou homenagens ontem com flores, missas e atos públicos à vereadora Marielle Franco, assassinada há um ano, cuja figura já inspira defensores dos direitos humanos no mundo inteiro.

"Marielle se tornou um símbolo mundial, era uma mulher com muita força, que queria mudar este país. O Brasil precisa saber, o mundo precisa saber [quem foi o mandante do seu assassinato]", afirmou sua mãe, Marinete Silva, ao final de uma missa celebrada na Igreja da Candelária, no Centro do Rio.

Desde o início da manhã de ontem manifestantes penduraram no local fotos da vereadora e acenderam velas em sua homenagem. Marielle, do Partido Socialismo e Liberdade (Psol), era uma firme defensora dos direitos dos jovens negros, das mulheres, da comunidade LGBT, e crítica com a violência policial nas favelas do Rio.

A escadaria da Câmara de Vereadores onde Marielle trabalhava, na Cinelândia, foi adornada com girassóis e frases em homenagem.

Em Brasília, legisladores do Psol prestaram homenagem a ela no Congresso, e um grupo de mulheres "rebatizou" uma das pontes da capital colocando um adesivo gigante escrito "Ponte Marielle Franco" no lugar do nome do militar Costa e Silva, segundo presidente do regime militar (1964-1985).

Manifestantes em várias cidades do País exigem que os mandantes do crime sejam identificados, sem se dar por satisfeitos com a prisão do PM reformado Ronnie Lessa, suposto executor, e do ex-PM Élcio Queiróz, motorista do carro do qual foram feitos os disparos que em 14 de março de 2018 que abateram Franco e seu motorista, Anderson Gomes, em pleno centro do Rio.

Tanto Lessa quanto Queiróz vão continuar presos. A prisão em flagrante dos dois, na última terça-feira, 12, foi convertida em provisória pela Justiça. A decisão foi divulgada na tarde de ontem após audiência de custódia. Na mesma audiência ficou decidido que Alexandre Mota, que também foi preso em flagrante na última terça-feira, seguirá detido.

Os três fizeram ontem exame de corpo de delito e retornaram à Delegacia de Homicídios, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste. Na manhã de hoje, eles devem ser transferidos para o Complexo de Gericinó. (AFP)

 

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