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Novo acidente com Boeing renova questionamentos
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Novo acidente com Boeing renova questionamentos

| Etiópia | Acidente ocorrido ontem deixou 157 mortos, entre eles 19 ligadas à Onu
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Um total de 19 pessoas que trabalhavam para agências ou organizações ligadas à ONU estão entre as 157 vítimas do acidente ocorrido ontem com um avião da Ethiopian Airlines nos arredores de Adis-Abeba, segundo fontes da organização. "De acordo com as primeiras indicações, 19 membros de organizações afiliadas à ONU morreram", diz em comunicado divulgado em Genebra o diretor da Organização Internacional para as Migrações (OIM), Antonio Vitorino.

O acidente deste domingo pode renovar questões de segurança sobre a nova versão da popular aeronave 737 da Boeing. O 737 Max 8 operado pela Ethiopian Airlines caiu pouco depois de decolar, e o acidente causou a morte de todas as 157 pessoas a bordo. As circunstâncias do acidente são parecidas com as de outubro de 2018, em que um 737 Max 8 da Lion Air, da Indonésia, caiu minutos após a decolagem, matando 189 pessoas.

William Waldock, professor de segurança de aviação da Embry-Riddle Aeronautical University (EUA), disse que suspeitas surgirão porque o mesmo tipo de avião pareceu cair da mesma forma - uma queda fatal que deixou os destroços em pequenos pedaços. "Investigadores não acreditam muito em coincidências", disse.

O CEO da Ethiopian Airlines afirmou que não havia defeitos antes do voo, portanto, segundo o fundador da Rede de Segurança de Aviação (Aviation Safety Network), Harro Ranter, "ainda é difícil ver quaisquer paralelos com o acidente da Lion Air". "Eu espero que as pessoas esperem pelo primeiro resultado da investigação antes de tirarem conclusões precipitadas baseadas nos poucos fatos que sabemos até o momento", disse ele.

A companhia escreveu no Twitter que estava "profundamente entristecida ao saber da morte de passageiros e tripulação" no avião. A empresa sediada em Chicago disse que enviaria técnicos ao local do acidente para ajudar investigadores da Etiópia e dos EUA.

Investigadores da Indonésia ainda não deram uma causa para a queda da Lion Air, mas estão examinando se leituras erradas de um sensor podem ter desencadeado um comando automático no avião, que os pilotos da Lion Air não conseguiram superar. (Das agências)

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