O Ministério da Educação (MEC) compra livros didáticos para todas as escolas públicas do País. São cerca de 150 milhões de obras por ano, com custo de R$ 1 bilhão. As mudanças tinham sido feitas no programa cujos livros serão adquiridos para o ensino fundamental II (6º a 9º ano).
Em nota divulgada na noite de ontem, o governo informou que "os erros foram detectados no documento cuja produção foi realizada pela gestão anterior do MEC e enviada em 28 de dezembro de 2018". Integrantes da atual equipe já trabalhavam na transição dentro do ministério desde o começo de dezembro.
O ex-ministro da Educação na gestão de Michel Temer, Rossieli Soares afirmou que "não pode se responsabilizar" pelos erros. Segundo ele, em dezembro, a sua gestão pediu uma única mudança no edital para esclarecer regras sobre arquivos de áudio que acompanham os livros didáticos.
Entre os outros trechos que haviam sido suprimidos, estava o que dizia que as obras deveriam "promover positivamente a cultura e a história afro-brasileira, quilombola, dos povos indígenas e dos povos do campo, valorizando seus valores, tradições, organizações, conhecimentos, formas de participação social e saberes".
Metade de um item que se referia às mulheres também havia sido cortado. Ele dizia os livros deveriam dar "especial atenção para o compromisso educacional com a agenda da não violência contra a mulher".
(Agência Estado)