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MEC anula itens em edital que permitia erros em livros didáticos
Farol

MEC anula itens em edital que permitia erros em livros didáticos

| EDUCAÇÃO | Alterações no edital traziam o fim da proibição de publicidade nas obras que seriam distribuídas nas escolas
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Tipo Notícia
O Governo Federal informou que vai anular as mudanças nos critérios de avaliação dos livros didáticos. Aviso publicado no Diário Oficial em 2 de janeiro tinha retirado do edital que regula a compra de obras a exigência de que elas tivessem referências bibliográficas. As regras também tinham deixado de proibir publicidade e erros de revisão e impressão nos livros.

 

O Ministério da Educação (MEC) compra livros didáticos para todas as escolas públicas do País. São cerca de 150 milhões de obras por ano, com custo de R$ 1 bilhão. As mudanças tinham sido feitas no programa cujos livros serão adquiridos para o ensino fundamental II (6º a 9º ano).

 

Em nota divulgada na noite de ontem, o governo informou que "os erros foram detectados no documento cuja produção foi realizada pela gestão anterior do MEC e enviada em 28 de dezembro de 2018". Integrantes da atual equipe já trabalhavam na transição dentro do ministério desde o começo de dezembro.

 

O ex-ministro da Educação na gestão de Michel Temer, Rossieli Soares afirmou  que "não pode se responsabilizar" pelos erros. Segundo ele, em dezembro, a sua gestão pediu uma única mudança no edital para esclarecer regras sobre arquivos de áudio que acompanham os livros didáticos.

 

Entre os outros trechos que haviam sido suprimidos, estava o que dizia que as  obras deveriam "promover positivamente a cultura e a história afro-brasileira, quilombola, dos povos indígenas e dos povos do campo, valorizando seus valores, tradições, organizações, conhecimentos, formas de participação social e saberes".

 

Metade de um item que se referia às mulheres também havia sido cortado. Ele dizia os livros deveriam dar "especial atenção para o compromisso educacional com a agenda da não violência contra a mulher". 

 

(Agência Estado)

 

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