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Líder opositor se declara presidente interino da Venezuela
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Líder opositor se declara presidente interino da Venezuela

| Crise no governo maduro |
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Tipo Notícia

Em pronunciamento em Caracas transmitido via Twitter, o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, se declarou ontem presidente interino do país. "Ninguém tem dúvidas de que Maduro é um usurpador. Por isso, assumo minha responsabilidade com o povo da Venezuela, me dirijo a vocês para plantar a rota da AN pela liberdade", escreveu.

 

Guaidó disse estar respaldado na Constituição para "convocar eleições livres" em 23 de janeiro e pediu apoio do povo venezuelano, dos militares e da comunidade internacional. "A Constituição me dá legitimidade para exercer o cargo da Presidência da República, para convocar eleições, mas preciso do apoio dos cidadãos para tornar isso uma realidade", disse o deputado a algumas centenas de pessoas que se concentraram no leste de Caracas para denunciar a "ilegitimidade" de Nicolás Maduro.

 

Secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, apoiou a decisão do opositor. Guaidó é presidente da Assembleia Nacional, eleita em 2016, controlada pela oposição e não reconhecida pelo governo Maduro.

 

"Celebramos a posse de Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela, conforme o artigo 233 da Constituição. Tem o nosso apoio, o da comunidade internacional e do povo da Venezuela", disse Almagro em uma postagem no Twitter.

 

As duas manifestações provocaram uma nova crise no país e despertaram o temor de que o presidente eleito, Nicolás Maduro, cumpra sua promessa de dissolver o Parlamento. No dia em que foi empossado, o líder chavista ameaçou dissolver a Assembleia Nacional caso ela promova "um golpe de Estado". Segundo ele, a Assembleia Nacional Constituinte (ANC) "atuará contra a Assembleia Nacional se eles tentarem um golpe de estado".

 

Ontem, mais cedo, o governo venezuelano acusou opositores de serem responsáveis por um incêndio que destruiu os equipamentos de dois hospitais e de uma unidade de hemodiálise. "Trata-se de um "ato fascista, terrorista e criminoso cometido contra a saúde", disse o vice-presidente venezuelano para o Desenvolvimento Territorial, Aristóbulo Istúriz, em entrevista coletiva. 

 

(Agência Estado)

 

Posse

 

O presidente Nicolás Maduro tomou posse na última quinta-feira. O Congresso e a OEA consideram ilegítimo o 2º mandato do chavista à frente da Venezuela

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