Citado como possível candidato à presidência do Senado, o senador cearense Tasso Jereissati (PSDB) tem dito a interlocutores que abre mão da disputa se o MDB indicar a senadora Simone Tebet (MDB-MS) para o cargo, em vez do senador Renan Calheiros (MDB-AL).
Jereissati nega que tenha colocado seu nome como "reação" à candidatura de Calheiros, mas defende que o momento é ideal para alguém que represente um projeto "diferente".
"Eu não sou nem deixo de ser (candidato à Presidência do Senado). Existe uma conversa com uma série de partidos que vieram falar comigo sobre a possibilidade de eu ser candidato à presidência do Senado e eu disse que, dentro daquela circunstância, eu toparia", diz.
"(Minha candidatura) Não é reação ao Renan, é um propósito de fazer uma coisa diferente aqui (no Senado), afinal de contas ele (Renan) já foi (presidente) várias vezes. A presidência do Senado não é cadeira cativa de ninguém, nem de um grupo só que vem dominando o Senado há anos", explicou.
Em seguida, Tasso foi questionado se abriria mão da disputa caso o MDB optasse por indicar a senadora Simone Tebet, nome ventilado nos corredores, em vez de Calheiros. "Aí sim, Simone é um nome palatável, acho que tem sentido (abrir mão da disputa)", destacou.
Na semana passada, Calheiros usou o Twitter para criticar o tucano: "Se for contra o Tasso, deverei ganhar no PSDB, no PDT, no Podemos, no DEM. Aliás, essa hipótese dificilmente se viabilizará. Primeiro, porque as urnas deram ao MDB o direito de indicar o candidato. Segundo, porque Tasso continua patrimonialista (tudo que os brasileiros mostraram não querer mais)".
(AE)