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Polícia de Goiás indicia médium João de Deus
Farol

Polícia de Goiás indicia médium João de Deus

|violência sexual mediante fraude|
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Tipo Notícia

A Polícia Civil de Goiás decidiu indiciar ontem o médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, pelo crime de violência sexual mediante fraude, artigo 215 do Código Penal. A pena prevista é de dois a seis anos de cadeia, em regime fechado.

 

Os delegados responsáveis pelo caso protocolaram o inquérito policial finalizado junto ao fórum de Abadiânia (GO). Agora, o Ministério Público de Goiás irá decidir, a partir deste inquérito, se denuncia o médium à Justiça ou não.

 

O inquérito leva em conta o caso de uma vítima, de aproximadamente 40 anos, que sofreu abuso sexual em outubro deste ano. Segundo o relatório final, o líder religioso ofereceu presentes, como uma pedra de valor e dois quadros religiosos, depois de tentar atos libidinosos com a mulher, com o objetivo de silenciar a vítima.

 

Inicialmente, a investigação tinha 15 casos, mas apenas um deles aconteceu depois de junho de 2018, pois, até setembro, o código penal determinava prazo máximo de seis meses para a denúncia após o crime. A vítima teria visitado a Casa Dom Inácio de Loyola, onde João de Deus fazia atendimentos espirituais, várias vezes e sempre acompanhada de um namorado. Em uma dessas ocasiões, ela ficou sozinha com o médium em uma sala para a consulta espiritual. Com as luzes apagadas, João de Deus teria começado a tocar próximo à região íntima da denunciante que, neste momento, percebeu que ele estaria com o órgão sexual exposto.

 

Aos policiais, a vítima contou que, quando percebeu a tentativa do médium, tentou resistir e interrompeu qualquer contato físico. Nesse momento, João de Deus teria oferecido uma pedra de valor e um quadro religioso para a vítima. Em seu depoimento à Polícia Civil, João de Deus disse não se lembrar de ter dado esta pedra, mas admitiu a oferta de "quadros". 

 

(Agência Estado)

 

STF

 

A defesa do médium entrou no STF com pedido de soltura de João de Deus. O presidente da corte, Dias Toffoli, pediu ontem informações STJ antes de decidir sobre o pedido

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