Três caixas de madeira, cada uma com 1.220 páginas de documentos, foram lacradas. Nelas estão cópias de declarações, juramentos, depoimentos, atos e relatórios das comissões que analisaram os escritos do arcebispo emérito. Uma delas ficará guardada na própria arquidiocese. Outras duas seguirão para Brasília. De lá, a Nunciatura Apostólica, órgão oficial da Igreja Católica, ficará responsável pelo envio para o Vaticano.
"Hoje é um dia histórico para a nossa arquidiocese, para o Brasil e para o mundo. A partir de agora, o processo continua em Roma. Dom Hélder viveu inteiramente para a Igreja, muito atento aos pobres. Foi um sacerdote além do seu tempo, contribuiu para a criação da CNBB e da Celam, por exemplo. Teve muita influência nacionalmente e internacionalmente", comentou dom Fernando, projetando para 2020 o recebimento de uma resposta positiva sobre a análise do processo de dom Helder na Congregação da Causa dos Santos.
Frei Jociel Gomes, postulador da casa de dom Hélder, acredita que em janeiro essas caixas chegarão em Roma. Começa, então, a etapa romana. "Dom Hélder foi um homem de Deus e referencial no seu tempo. Hoje, mais do que nunca, precisamos de referências como ele, que sempre lutou pelos menos favorecidos", destacou. (Jornal do Commercio para Rede Nordeste)