Abu Payaço, 22, defende que a arte fortalece a cidade diante das tantas violências enfrentadas diariamente. Para ele, o ruído provocado pelo riso nos aproxima mais enquanto seres coletivos. "Na rua, você cruza com diversas pessoas e aquilo atravessa muito o seu trabalho. Sempre é uma coisa aberta. Sempre vai aparecer um cachorro, um bêbado...", conta o palhaço-rapper que faz das paradas de ônibus o seu palco.
Enquanto artista, Abu se coloca como "bufão", um clown mais "primitivo". "É um ser grotesco, político, que critica, que vomita, que mostra com o ser humano é, o bicho que a gente é", explica. Pela Capital afora, ele toca o projeto Cheiro do Queijo, misto de rap e molecagem. A obra está prestes a virar um disco, que vai ser lançado nas plataformas digitais em janeiro. "É show de zoada no seu juízo", garante.