Mais uma reunião da Comissão Especial da Câmara dos Deputados que debate o projeto Escola Sem Partido foi suspensa sem deliberação na terça-feira, 14. A oposição obstruiu a votação com questões de ordem e, antes da sessão, houve até bate-boca entre parlamentares e manifestantes. O projeto proíbe, em sala de aula, usar os termos gênero ou orientação sexual e que professores expressem suas opiniões, preferências ideológicas, religiosas, morais e políticas.
Durante a discussão com os manifestantes, o deputado Éder Mauro (PSD/PA) simulou que portava uma arma e fez como se atirasse na direção dos opositores ao projeto. Já a deputada federal Érika Kokay (PT-DF) liderou os protestos. Ela questionou a restrição de público ao plenário onde era realizada a sessão. A segurança da Câmara restringiu o número de pessoas no local e foram distribuídas senhas. Além disso, o início da reunião não estava sendo transmitido pela internet, o que também foi alvo de questionamento dos deputados.
O projeto é de caráter conclusivo. Se aprovado na comissão, vai direto para o Senado, se não houver recurso. O relatório estabelece que cada sala de aula deverá ter cartaz especificando seis deveres do professor, como "não cooptar os alunos para nenhuma corrente política, ideológica ou partidária". Também muda a Lei de Diretrizes e Bases da Educação para que disciplinas com questões de gênero ou sobre orientação sexual sejam proibidas.
(Agência Estado)