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Nobel da Paz premia heróisda luta contra a violência sexual
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Nobel da Paz premia heróisda luta contra a violência sexual

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O ginecologista congolês Denis Mukwege e a ex-escrava sexual yazidi Nadia Murad são os vencedores do Prêmio Nobel da Paz de 2018 por seus "esforços para acabar com o uso da violência sexual como arma de guerra" nos conflitos. O anúncio foi feito nessa sexta-feira, 5, em Oslo, na Noruega.

 

Denis Mukwege, médico de 63 anos, e Nadia Murad, 25, vítima do grupo extremista Estado Islâmico (EI), que se tornou porta-voz de uma causa, encarnam uma causa planetária que supera o âmbito dos conflitos, como evidencia o movimento #MeToo, iniciado há exatamente um ano por revelações da imprensa sobre casos de abuso sexual.

 

A iraquiana Nadia Murad, da minoria yazidí, viveu na própria pele os horrores. Como milhares de meninas e mulheres de sua comunidade, a jovem foi escrava sexual do EI em 2014, antes de conseguir fugir. Embaixadora da ONU para a dignidade das vítimas de tráfico humano desde 2016, Nadia Murad - que teve a mãe e seis irmãos assassinados pelo EI - milita para que as perseguições cometidas contra os yazidis sejam consideradas um genocídio.

 

Denis Mukwege já atendeu 50.000 vítimas de estupro no hospital de Panzi, que ele fundou em 1999 em Bukavu, leste da República Democrática do Congo. "O homem que conserta mulheres" - título de um documentário sobre o seu trabalho - estava em uma cirurgia quando recebeu a notícia sobre o Nobel.

 

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