O acadêmico, jurista, sociólogo e escritor Helio Jaguaribe morreu na noite de domingo, 9, aos 95 anos, em casa, no Rio, vítima de falência múltipla dos órgãos. A informação foi divulgada pela Academia Brasileira de Letras (ABL), da qual ele era membro.
O corpo de Jaguaribe será velado na Sala dos Poetas Românticos, no Petit Trianon, a partir das 10 horas de amanhã. O sepultamento está previsto para o mesmo dia, no Mausoléu da ABL, também no Rio.
Ex-ministro de Ciência e Tecnologia, o acadêmico deixou viúva, Maria Lucia Charnaux Jaguaribe, e cinco filhos, Anna, Roberto, Claudia, Beatriz e Isabel.
"Helio Jaguaribe foi um dos últimos grandes intérpretes de nosso país. Estudou o Brasil para transformá-lo, mediante uma abordagem desenvolvimentista, com a fundação do Iseb (Instituto Superior de Estudos Brasileiros), nos anos 1950", disse o presidente da ABL, Marco Lucchesi. "Para Helio Jaguaribe, ação e pensamento permanecem indissociáveis, como Darcy Ribeiro e Celso Furtado, que o precederam na cadeira 11 da Academia Brasileira de Letras. Cientista político de alta erudição e consciência vigilante, deixou obra vasta e criativa.
Homem de gestos largos e entusiasmado, Helio continua vivo pelas virtudes de sua obra, saudosa do futuro", comentou Lucchesi.
Nono ocupante da cadeira nº 11 da ABL, Jaguaribe foi eleito em 3 de março de 2005, sucedendo Celso Furtado, e recebido em 22 de julho de 2005, pelo acadêmico Candido Mendes de Almeida.
(Agência Estado)