As agressões verbais e físicas se sucediam, relata a polícia. A ideia de se vingar do bullying cresceu, com inspiração em vídeos de atentados nos EUA e no Brasil, como em Realengo. Na sexta-feira, 28, um estudante de 15 anos do ensino médio pegou uma arma e atirou nos colegas em uma escola estadual da pacata cidade de Medianeira, a 60 quilômetros de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. Tinha uma lista para livrar os amigos - no fim, dois acabaram baleados.
O atentado aconteceu no Colégio Estadual João Manoel Mondrone. "Era um dia de aula normal, os alunos foram para a primeira aula, mas os dois envolvidos (o atirador e um colega que o acompanhava) não entraram na sala em um primeiro momento. A pedagoga os chamou para ver o que tinha acontecido. E depois chamou mais três ou quatro meninos da sala para conversar", relatou o diretor do colégio, Darlan Chiamulera. "Ao saírem dali, eles foram até a sala de aula e um deles começou a atirar", completa.
Alunos da mesma sala do atirador ligaram o caso ao bullying. O agressor, que veio para a escola no início do ano, não gostava de apelidos relativos ao peso ou ao fato de morar na área rural.
O jovem ferido com mais gravidade não era um dos alvos. "Meu filho ouviu o nome dele ser chamado (para sair da sala), mas estava compenetrado nos estudos e não deu importância. Depois, ele foi alvejado e não viu mais nada.
Agora está com uma bala alojada na segunda vértebra e com o risco de perder a mobilidade total ou parcial das pernas", diz o pai da vítima. O jovem hospitalizado disse ao pai que o outro baleado, na perna (sem gravidade), também foi confundido pelo atirador, por possuir um irmão gêmeo.
(Agência Estado)