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"Nós, mulheres, temos força", diz Malala durante visita a Salvador
Farol

"Nós, mulheres, temos força", diz Malala durante visita a Salvador

| BRASIL | A paquistanesa esteve no Pelourinho e conversou com meninas do Olodum
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Malala Yousafzai não precisa dizer nada. A história da ativista paquistanesa, a pessoa mais jovem a receber um prêmio Nobel da Paz (aos 17 anos, em 2014), fala por si só. A vida de Malala, que sobreviveu a uma tentativa de assassinato por sua militância para que as meninas de seu país tivessem acesso à educação e que está prestes a completar 21 anos amanhã, é sua própria voz.


Mesmo assim, Malala falou. Em visita a Salvador, ontem, disse às meninas baianas do Olodum que nunca desistam dos seus sonhos.

“Nós, mulheres, temos força”, defendeu. Se declarou para a arquitetura e a cultura da Cidade. “Isso é surpreendente”, afirmou, enquanto observava a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco.


“Qualquer pessoa que estivesse no lugar dela teria desistido. Ela recebia ameaças e não deixava de ir à escola, mesmo com risco de morte. Por mais brutal que seja a história, ela conta sob uma perspectiva otimista”, disse a estudante Stephanie Lima, 18, que conseguiu um autógrafo de Malala durante a visita ao Pelourinho.


Malala inspira. Enquanto visitava o Largo de São Francisco, o Largo do Pelourinho e passava pelas ruas escutando histórias que iam desde a trajetória do afoxé Filhos de Gandhy até o clipe gravado por Michael Jackson em Salvador, não tinha quem não parasse para vê-la.


Rodeada de seguranças, de policiais militares, policiais federais e de uma equipe de assessores e produtores, Malala parecia tímida. Durante todo o percurso, pareceu mais interessada nas histórias sobre a Cidade do que nas dezenas de lentes que a cercavam. Vez ou outra, alguém gritava seu nome. Algumas pessoas — principalmente, mulheres — choravam.


Durante todo o passeio, Malala não deu entrevistas. Falava baixo, sempre com quem a acompanhava ou com as jovens que a abordavam. A última parada da manhã de Malala foi a Escola do Olodum. Antes mesmo de chegar ao Brasil, a ativista já tinha um desejo de visitar a escola.

 

Por Thais Borges

 

 

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