Logo O POVO+
Céu nublado frustra grande público que se reuniu na Praia de Iracema para ver eclipse
Farol

Céu nublado frustra grande público que se reuniu na Praia de Iracema para ver eclipse

| Lua de sangue | O Nordeste do Brasil teria uma visão privilegiada, mas as nuvens atrapalharam a contemplação em Fortaleza
Edição Impressa
Tipo Notícia
NULL (Foto: )
Foto: NULL
[FOTO1]

Uma grande plateia ocupou ontem, 27, a areia da Praia de Iracema para assistir ao mais longo eclipse lunar deste século.

 

Muitos miravam suas câmeras - profissionais ou de celulares - para o céu. Mauricio Soares, 32, físico e professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), levou um telescópio. Mas mesmo o instrumento óptico não conseguiu ver o fenômeno. "Se a visibilidade melhorar até as 19 horas, vai dar pra ver o final do eclipse", disse.

 

Ainda que a lua já não estivesse coberta de sombra, Maurício esperava observar detalhes de outros planetas do sistema solar como Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno, e também do cinturão de asteroides Vesta.

 

O físico gentilmente cedeu o equipamento para que as pessoas ao redor contemplassem os corpos celestes. Uma fila se formou.

[FOTO2] 

Lívia Linhares Madruga, de 9 anos, convenceu a mãe a ir à praia. "Vi o Sol se por, e o céu ficou rosa, da minha cor preferida", contou, impaciente com o "atraso" da lua.

 

Já passavam das 18h20min quando ela, timidamente, apareceu no céu. Algumas pessoas já estavam saindo. Apesar das comemorações, a lua não se demorou. Por mais ou menos dois minutos, esteve visível. Próximo do horário do fim do eclipse, por volta das 18h40min, reapareceu, mas também foi breve

Pouco antes das 19 horas o céu abriu, permitindo ver o eclipse que ainda cobria cerca de 10% da Lua. Entretanto, grande parte do público que estava no local já tinha ido embora.

 

O eclipse foi visível - parcial ou totalmente - em metade do mundo: África, Europa, Ásia, Austrália e na parte leste da América do Sul.

Izadora Paula e Samuel Pimentel / Especial para O POVO

 

O que você achou desse conteúdo?