Há um ano, as investigações do Ministério Público da Espanha levaram à prisão indivíduos implicados em uma suposta rede de corrupção internacional que envolvia a CBF. Desde o ano passado, o inquérito especificamente sobre Teixeira foi transferido da Espanha para o Ministério Público Federal do Brasil.
Para os procuradores espanhóis, o esquema servia para desviar recursos e uma parte substancial iria justamente para Teixeira, na época presidente da CBF. O inquérito continua em Madri contra os demais envolvidos, entre eles o ex-presidente do Barcelona, Sandro Rosell. Preso em maio de 2017, ele insiste para responder o julgamento em liberdade. Mas a Audiência Nacional tem rejeitado todos os pedidos dele e de Joan Besolí, um de seus parceiros comerciais detidos.
Ontem, a Justiça espanhola uma vez mais negou a liberdade a Rosell e Besolí. Nos documentos usados para justificar a decisão, os juízes revelam parte do esquema criado supostamente com a participação de Teixeira. “Entre 2007 e 2011, foram realizadas operações financeiras tendentes a ocultar a verdadeira procedência e titularidade de fundos por um importante total de 14,9 milhões de euros (R$ 64 milhões), que se desviaram em prejuízo da CBF e a favor de seu presidente, o senhor Ricardo Terra Teixeira”, aponta o documento da Justiça Espanhola.
Teixeira nega qualquer irregularidade, enquanto seus advogados na Espanha insistem que ele ajudou a CBF a aumentar a sua renda.
(Agência Estado)