Misturar os componentes, pressurizar, contagem regressiva, 3, 2, 1… Lançar! Os pequenos foguetes feitos a base de garrafa pet por alunos dos ensinos fundamental e médio de escolas públicas e privadas voaram no céu do Campus do Pici. O desafio era chegar mais longe na I Jornada Cearense de Foguetes, encerrada ontem, na Universidade Federal do Ceará (UFC). No total, 250 alunos de 112 escolas da Capital e do Interior participaram do projeto.

O objetivo era divulgar as áreas de astronomia, engenharia espacial, física e astronáutica, de forma lúdica e descontraída. Segundo Ednardo Rodrigues, professor da Seara da Ciência — uma das organizadoras do evento —, a astronomia já é bastante conhecida, mas não existe tanto incentivo para as outras áreas.

O interesse pela temática existe desde a infância do estudante do 3º ano Arthur Paraíba, 16. “Eu assistia filmes relacionados a espaço, a foguetes. Sempre gostei, sempre li livros sobre isso”, compartilhou. Apesar de o projeto do grupo dele não ter saído como esperado, a equipe carrega ensinamentos e esperança: garantem tentar voltar no próximo ano com um foguete melhor.

A estudante do 7º ano Beatriz Soares Menezes, 12, chegou ao projeto por convite do pai de uma das colegas da equipe, mas já havia feito foguetes. Ela diz que a carreira na área da engenharia aeronáutica é uma de suas opções para o futuro.

O coordenador da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica, João Batista Canalle, diz que uma das principais vantagens de levar esse tipo de conhecimento para jovens ainda na escola é facilitar que eles se encontrem em uma carreira nessa área, que cresce. “Esse é o primeiro passo e, se você quiser fazer uma longa caminhada, você tem que dar muitos passos. Então, quanto mais cedo começar, melhor”, aponta.