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EUA bombardeiam a Síria com apoio de França e Reino Unido
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EUA bombardeiam a Síria com apoio de França e Reino Unido

| MUNDO | Ataque é resposta a suposto ataque químico do regime sírio em Duma. Governo americano responsabiliza Rússia e Irã por apoiar a ditadura do presidente Bashar Al Assad
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O presidente americano, Donald Trump, anunciou, na noite de ontem, ter ordenado “ataques de precisão” contra alvos na Síria, em uma ação coordenada com os governos da França e do Reino Unido, uma semana após um suposto ataque com armas químicas ter matado pelo menos 40 civis em Duma. Segundo oficial dos EUA ouvido pela agência AFP, os ataques haviam cessado por volta das 23h20min (no horário de Brasília).


“Ordenei às Forças Armadas dos Estados Unidos que lancem ataques de precisão contra alvos associados à capacidade de armas químicas do ditador (da Síria) Bashar Al Assad”, disse Trump em discurso na Casa Branca.


Enquanto o presidente anunciava os ataques, várias explosões foram ouvidas na capital da Síria, Damasco, segundo correspondente da AFP. A TV estatal síria também reportou os ataques americanos e a defesa antiaérea entrou em ação contra a “agressão” americana.

Instantes depois de ordenar o ataque, Trump responsabilizou Rússia e Irã “por apoiar, equipar e financiar o regime criminoso” da Síria. Por isso, acrescentou, a Rússia “descumpriu suas promessas” de impedir que o governo de Assad use armas químicas.

A porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, afirmou que a Rússia também era responsável pelo ocorrido porque “fracassou em impedir que ocorresse um ataque com armas químicas”

[SAIBAMAIS]
Em Londres, a primeira-ministra britânica, Theresa May, disse que não havia “alternativa prática” ao uso da força na Síria, ao anunciar que o Reino Unido se uniu à França e aos Estados Unidos para lançar ataques contra a Síria.


“Esta noite autorizei as Forças Armadas britânicas a realizarem bombardeios coordenados e dirigidos para degradar as capacidades de armas químicas do regime e impedir seu uso”.


Em Paris, o presidente francês, Emmanuel Macron, confirmou que o País participou da operação conjunta, destacando que os bombardeios estavam “circunscritos às capacidades do regime que permitem a produção e o uso de armas químicas”. “Não podemos tolerar a banalização do uso de armas químicas”, explicou Macron, em comunicado.


Momentos antes do pronunciamento de Trump, o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, que está em Lima participando da Cúpula das Américas, deixou repentinamente um banquete sem dar explicações e retornou ao hotel onde está hospedado, segundo jornalistas que o acompanham na viagem.


Mais cedo, a porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Heather Nauert, anunciou que o País tinha provas de que Assad havia, de fato, lançado o ataque com armas químicas na região de Duma. “Não direi quando tivemos a prova. O ataque ocorreu no sábado e sabemos que foi um ataque químico”, disse Nauert à imprensa, em Washington, acrescentando que apenas alguns poucos países, como a Síria, tinham “esse tipo de armas”.


No Conselho de Segurança da ONU, António Guterres, fez também ontem um apelo dramático a agir com “responsabilidade” para evitar uma “escalada militar total” na Síria. (AFP) 

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