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Com ausências, cúpula reúne, no Peru, líderes da América
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Com ausências, cúpula reúne, no Peru, líderes da América

| MUNDO |
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A presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, é a presidente da República em exercício até a tarde de hoje. Ela assumiu, ontem, com a viagem de Michel Temer para Lima, capital do Peru. Ele participa da 8ª Cúpula das Américas.


O encontro reúne, até hoje, chefes de Estado e de governo e tem como tema central Governabilidade Democrática Frente à Corrupção. A reunião se dá com ausência notável dos líderes Donald Trump (EUA), Nicolás Maduro (Venezuela) e Lenín Moreno (Equador).


Três crises esvaziaram a cúpula. As ausências foram sentidas momentos antes de o presidente dos Estados Unidos anunciar ataques à Síria - segundo a Casa Branca, Reino Unido e França também participaram.


Na Venezuela, há agravamento da crise humanitária e política. Já no Peru, denúncias de corrupção e desvios de conduta de governantes derrubaram o ex-presidente Kuczynski.

Pela primeira vez na história, um presidente dos Estados Unidos não participa do fórum, criado pelo governo norte-americano, em 1994, para discutir o futuro da região.


A Venezuela concentrou a atenção às horas anteriores à cúpula. Maduro não foi convidado e desistiu de ir, como tinha prometido, mas foi lembrado nas ruas de Lima com manifestações pró e contra seu governo. De Caracas, a oposição pediu para os participantes da reunião rechaçarem as eleições de 20 de maio, boicotadas pela maior parte dos opositores.


Em Lima, as delegações responsáveis pela elaboração da declaração final da Cúpula das Américas tentam dar fim às divergências e chegar a uma fórmula aceitável para todos sobre a Venezuela.


A ausência de Trump causou indignação de vários diplomatas. A decisão foi entendida como a confirmação de que a região é um assunto secundário para Washington. A Casa Branca explicou a ausência pela necessidade de Trump acompanhar a crise na Síria.


Durante a campanha, o republicano adotou forte discurso anti-imigrante, insultando especialmente mexicanos. Diplomatas acreditavam que Trump usaria o encontro para melhorar as relações com a América Latina. Trump, porém, ignorou a cúpula. “É a prova de que ele vê a América Latina com total descaso”, afirmou um diplomata brasileiro. (Leia mais na 4) 

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