O FBI admitiu ontem que, em janeiro, recebeu um alerta sobre Nikolas Cruz, o jovem de 19 anos responsável pelo massacre de 17 pessoas na quarta-feira, 14, em uma escola na Flórida, mas falhou em não investigar.

De acordo com o FBI, no dia 5 de janeiro, uma “pessoa próxima” a Nikolas Cruz se comunicou com um escritório do órgão, por telefone, e deu informações sobre “sua posse de armas, seu desejo de matar pessoas, comportamento errático e comentários em redes sociais, assim como o potencial para atacar uma escola”. “E nenhuma investigação foi conduzida naquele momento”, apontou a entidade, em nota oficial.

Tal informação “deveria ser considerada como uma possível ameaça à vida”, disse o FBI, garantindo que, se isso tivesse sido comunicado aos agentes em Miami, eles teriam adotado os “passos apropriados de investigação”.

O diretor do FBI, Christopher Wray, disse na nota que a agência ainda está “investigando os fatos” e comprometeu seu empenho em revisar “procedimentos para responder a informações que recebemos do público”.

O procurador-geral americano, Jeff Sessions, apontou, também em nota, que “fica claro que os sinais de alerta existiram e o FBI não os percebeu. Vemos as consequências trágicas dessa falha”. 

(AFP)