O procurador regional da República Maurício Gotardo Gerum, que vai defender o aumento da pena de Lula durante julgamento no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), afirmou ontem, em nota, que não “vê razões para formalizar” pedido de prisão contra o ex-presidente.
Responsável pela sustentação oral em julgamento de recurso da defesa do petista contra a pena de 9 anos e 6 meses no caso triplex, entende que Lula cometeu três crimes em vez de um, como sentenciou o juiz federal Sérgio Moro em julho de 2017.
Conforme a nota, o procurador “não formalizou, e não vê razões para formalizar, qualquer pedido em relação à prisão cautelar do ex-presidente”.
Para Gerum, “em caso de condenação dos réus da referida ação penal, qualquer medida relativa ao cumprimento de pena seguirá o normal andamento da execução penal, não havendo razões para precipitá-la”.
Para a Procuradoria da República da 4ª Região, Lula cometeu um crime de corrupção para cada contrato entre a OAS e a Petrobras. O juiz Sérgio Moro considerou que o ex-presidente cometeu apenas um delito
neste enquadramento.
Gerum ainda vai sustentar que há “nexo causal” entre a assinatura dos contratos e o recebimento de propina por Lula.
(Agência Estado)