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Petrobras muda política de reajuste do gás de cozinha
Farol

Petrobras muda política de reajuste do gás de cozinha

| ECONOMIA | A variação deixará de ser mensal para ser trimestral.Produto passa hoje a estar 5% mais barato nas refinarias
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A Petrobras vai mudar a política de reajustes do preço do gás de cozinha. A variação deixará de ser mensal para ser trimestral, o que deve amenizar os repasses dos preços internacionais para o consumidor brasileiro. Ao anunciar a mudança, ontem, o presidente da empresa, Pedro Parente, informou que a partir de hoje o produto estará 5% mais barato na refinaria, valendo R$ 23,16 o botijão de 13 quilos, sem tributos. 

O combustível passou a ser ajustado mensalmente a partir de junho de 2017, quando foi implementada uma nova política de preços pela Petrobras. Entre 2007 e 2014, o preço do gás para botijão ficou congelado — essa foi uma das medidas adotadas pelo Governo do PT para conter a inflação.  

Desde que a petroleira passou a usar uma frequência mensal no ajuste do GLP residencial, o preço final ao consumidor registrou alta de 17,7%, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP).  

Diretamente nas refinarias, o aumento foi ainda maior. Mesmo após a queda de preço anunciada ontem, o gás de cozinha acumula alta de 54% na venda nas refinarias desde junho de 2017 até agora, de acordo com cálculos do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).  

Segundo o presidente da estatal, o fato de aumentar o espaço entre os ajustes do gás de cozinha não é indício de que a estatal estaria criando uma espécie de subsídio do Governo para o gás de cozinha. “Se mantemos a paridade internacional, não é subsídio”, afirmou, afastando a suspeita de alguns analistas de que o objetivo da medida seria político.  

A decisão de mudar a política de ajustes para o gás de cozinha foi anunciada pela Petrobras em dezembro do ano passado. Na época, analistas de mercado cogitaram que a mudança era motivada por pressões do Governo, devido a um possível impacto do aumento do combustível na inflação. Ontem, Parente voltou a negar qualquer influência política. “É uma decisão estritamente empresarial”, frisou. 

 

(Agência Estado)

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