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Entrevista. Moroni Torgan
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Entrevista. Moroni Torgan

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TORRES NÃO TERÃO ATIRADORES

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A primeira Célula de Proteção Comunitária de Fortaleza, que será implantada no bairro Jangurussu, não terá atiradores de elite nas torres de vigilância, garantiu ontem o prefeito em exercício Moroni Torgan (DEM), durante apresentação do Plano 2018 do Comitê Permanente Intersetorial de Enfrentamento às Arboviroses. A informação sobre a presença dos atiradores no local havia circulado. Até 2020, a meta da Prefeitura é instalar 30 equipamentos do tipo, abrangendo mais de um terço da Capital. 

 

A previsão inicial de entrega da primeira torre de vigilância seria ainda neste mês. Na entrevista, porém, o vice de Roberto Cláudio (PDT) estipula um novo prazo e afirma que o equipamento só deverá ficar pronto até o fim de fevereiro. Parte do Programa Municipal de Proteção Urbana, as torres de vigilância contarão com dois guardas municipais e um policial militar, que farão o monitoramento de 40 câmeras instaladas pelo bairro. Os agentes da Guarda Municipal têm recebido treinamento para porte de armas de fogo, sob supervisão da Polícia Federal. 

 

O POVO – Como está o processo de implantação das torres de vigilância nas 30 áreas determinadas? 

 

Moroni Torgan – Elas ainda não entraram em funcionamento em razão de que nós estamos dando todo um tipo de treinamento acompanhado pela Polícia Federal. No momento em que (elas) entrarem em funcionamento, os profissionais têm que estar extremamente preparados, com todo equipamento adequado pra isso. Nós esperamos agora, antes do fim de fevereiro, já estarmos aptos a inaugurar a primeira torre, que é a do Jangurussu. Logo em seguida, uma semana depois, inaugurarmos a torre das Goiabeiras. E depois nós teremos mais três torres, nos meses subsequentes, que serão a torre do Canindezinho, a torre do Dendê e a torre do Vila Velha também. 

 

O POVO – Como será o funcionamento do Programa Municipal de Proteção Urbana? 

 

Moroni Torgan – O programa não é só a torre. Inclusive, o prefeito Roberto Cláudio enfatiza muito isso: é priorizada a prevenção! Junto da torre vai ter um espaço de cidadania, onde vai ter atendimento para viciado, onde vai ter emissão de documentos, onde nós vamos ter também aquele trabalho que ouve a população e que faz a mediação de conflitos. Nós vamos ter formação profissional também. Então, nós vamos ter vários trabalhos junto com as torres. 

 

O POVO – Haverá a presença de atiradores de elite nas torres de vigilância?
Moroni Torgan – Eu não sei de onde tiraram essa história de atiradores de elite. A torre inclusive é toda blindada. Ninguém pode atirar de dentro da torre. Alguém inventou alguma coisa. O nosso profissional vai ter todo um curso bem feito pela Polícia Federal. Mas não tem nada disso de atirador de elite. Eu espero que todo aquele (profissional) seja, assim, um protetor de elite.


Nós vamos ter vários protetores de elite. Pessoas que vão trabalhar pra proteger a população de qualquer tipo de violência. Nós não queremos que a violência ocorra. Nós queremos prevenir a violência.


O POVO – Recentemente, uma das células, que está sendo construída na Barra do Ceará, foi depredada. Como o senhor avalia a questão?


Moroni Torgan – Não foi nenhuma depredada. Isso é já o crime sentindo que vai acabar o reinado dele. Na verdade, só foi um banheiro químico, que é de plástico e é fácil de qualquer um botar uma “buchinha” e fazer pegar fogo. Mas esse local onde pegou fogo no banheiro químico já está, inclusive, bem mais calmo, antes até de a torre entrar em funcionamento.

 

ISAAC DE OLIVEIRA
ESPECIAL PARA O POVO
isaac@opovodigital.com 

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