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Cirurgias bariátricas: aumento de 200% em 10 anos
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Cirurgias bariátricas: aumento de 200% em 10 anos

| BRASIL | A popularização do procedimento no País foi um dos temas no congresso que reúne especialistas até sábado, em Fortaleza
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Dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e a Organização Pan-americana de Saúde (Opas), divulgados em janeiro de 2017, indicam que mais da metade da população brasileira está com sobrepeso e a obesidade já atinge a 20% das pessoas adultas. Resultado desta explosão casos, a gastroplastia ou cirurgia bariátrica aumentou 200% em 10 anos no País, segundo o Ministério da Saúde.

[SAIBAMAIS]

A elevação do número de cirurgias bariátricas realizadas se deve principalmente a dois aspectos: o número crescente dos casos de obesidade e a popularização, no meio médico, das técnicas cirúrgicas como a realização por videolaparoscopia, que torna o procedimento menos invasivo.


Para a realização da cirurgia, o Ministério da Saúde estabelece alguns critérios, um deles é que o índice de massa corpórea (IMC) do paciente que deseja realizar a cirurgia seja maior que 35 kg/m2. Essa norma é um dos temas que está sendo discutido no XIX Congresso Brasileiro de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.

 

“O IMC é um processo de medição muito antigo. Esse índice não é um preditor de doenças e existem outras patologias que legalmente atestam a necessidade da realização da cirurgia bariátrica”, defende o cirurgião Luiz Vicente Berti, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM).


Segundo Berti, o Índice de Massa Corpórea “não mede se a pessoa pode ter um infarto ou se a elevação do índice é devido aos músculos do indivíduo”. Por esse motivo, existem casos em que a cirurgia bariátrica é necessária, mesmo sem atender o índice de massa corpórea estabelecido pelo Ministério da Saúde.


Para o médico, se o paciente tem o IMC um pouco abaixo do determinado, mas possui outras patologias que indicam que a cirurgia será o melhor método, o procedimento pode ser realizado. “Não é preciso esperar que ele piore para iniciar um tratamento”, explica o cirurgião.


Apesar do aumento no número de cirurgias no País, Berti afirma que ainda é “insignificante” mediante a quantidade de obesos. Além disso, segundo o cirurgião, essa estatística é baseada em todas as cirurgias bariátricas feitas no Brasil, inclusive as autorizadas por convênios particulares. “É uma gota no oceano quando se tem uma população em que 5% é obesa mórbida. São quase 30 milhões de pessoas que já teriam indicação para a cirurgia bariátrica e que, além da obesidade, têm uma série de outras doenças que dificultam suas vidas como: pressão alta, diabetes, problemas articulares.”


SERVIÇO

 

XIX Congresso Nacional de Cirurgia Bariátrica

Até sábado, 9 de junho, das 8 às 18 horas, no Centro de Eventos do Ceará

Mais informações: http://www.congressobariatrica.com.br

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