Seis vezes eleita a melhor jogadora do mundo, Marta, 33, segue como maior esperança do Brasil em busca do inédito título mundial. Entretanto, a expectativa sobre o desempenho da Canarinho na na França não é das melhores. A equipe, mais uma vez comandada pelo técnico Oswaldo Alvarez - Vadão -, chega com sequência de nove derrotas consecutivas e com estrelas em fase decrescente na carreira.

O trio de ferro da seleção - Marta, Cristiane, 34, e Formiga, 41 -, deve fazer sua última apresentação em Mundiais. Apesar do talento e brilho individual, a geração acabou marcada por fracassos, sem nunca ter conquistado um título expressivo. Em 2007, o Brasil bateu na trave ao perder a final para a Alemanha.

Além do trio, jogadoras mais jovens mas com experiência internacional, como Andressa Alves, Ludmila e Geyse, podem ajudar o Brasil a ir longe na Copa. O caminho para o mata-mata não é fácil. A seleção está no Grupo C e estreia contra a Jamaica, no domingo, às 10h30min. Completam a chave a favorita Austrália e a Itália, provável rival da equipe tupiniquim na disputa pela segunda vaga do grupo. Quatro das seis terceiras colocadas das chaves também passam às oitavas.

Apesar dos resultados recentes, Vadão defende a força do time. Para o treinador, a seleção ainda é candidata ao título. "O grupo (de favoritos) está maior. Mas o Brasil ainda está (nele)", comentou, em entrevista ao SporTV.

"A Austrália é favoritíssima (no grupo), a Jamaica é uma surpresa e a Itália cresceu muito nos últimos dois anos. O investimento italiano no futebol feminino foi muito grande", pondera.

A confiança do treinador vem da preparação para a Copa. Vadão pondera que o desempenho ruim nos últimos torneios ocorreu porque a equipe foi atrapalhada pelo calendário, quando parte das atletas estava em atividade na Europa e outra de férias. (Colaborou Eduarda Porfírio/Especial para O POVO)