Uma das histórias do primeiro jogo da final do Campeonato Cearense de ontem ficou com Felipe Baxola. O meia teve uma lesão muscular grau 2, segundo o clube, na partida de volta contra o Corinthians na Copa do Brasil, há 12 dias, e esperava-se que ficasse afastado dos gramados por tempo suficiente a ponto de perder o primeiro duelo da decisão estadual. O fato do camisa 10 não ter aguentado jogar 45 minutos - foi substituído com 21 jogados do segundo tempo - surpreendeu o técnico Lisca, que criticou abertamente o departamento médico do Vovô na entrevista coletiva.

"Foi passada uma informação equivocada. Ceará precisa rever isso aí. Jogador olhar para mim e pedir para sair com 20 minutos... é um erro grosseiro e precisa ser revisto. Mudou toda nossa estratégia", declarou. O treinador revelou que pensou até em escalar Baxola como titular, mas resolveu segurar por conta da chuva.

Em entrevista exclusiva ao O POVO, o chefe do departamento médico do Ceará, Henrique Bastos, rebateu o treinador. Primeiramente, informou que a lesão do meia foi, na verdade, grau 1 e que a informação repassada antes pelo gerente de futebol, Marcelo Segurado, foi baseada apenas no laudo médico do exame.

Bastos também disse que o atleta trabalhou com intensidade entre os dias 3 e 8 de abril para ficar apto, que não mais relatou dor, mas mesmo assim fez exame de imagem para ser liberado. "Na quinta ele voltou a trabalhar com bola e fez o mesmo na sexta e no sábado, junto com Lisca e a comissão dele", explicou.

Felipe Baxola fará exame na manhã de hoje para saber se teve uma nova lesão. "O atleta não é máquina, que se troca uma peça e sabe-se que não haverá mais problema", disse Henrique Bastos.