O "homem referência" que Rogério Ceni tanto cobrou da diretoria do Fortaleza nas coletivas pós-jogo foi anunciado oficialmente ontem, pelo site e redes sociais do clube. Aos 34 anos, o centroavante Wellington Paulista acertou com o tricolor por dois anos e já tem status de titular.
Goleador por onde passou, o jogador esteve na Chapecoense nas últimas duas temporadas e fez 117 jogos com a camisa do time catarinense, tendo marcado 30 gols ao todo. Sua melhor temporada em Chapecó foi em 2017, quando balançou as redes 16 vezes. Neste ano, já jogou sete partidas e marcou dois tentos.
Não houve compensação financeira do Fortaleza à Chape para a emissão da rescisão, apesar de que o contrato dele ainda tinha validade até dezembro de 2019. Wellington Paulista aceitou a proposta do Fortaleza por ver mais perspectivas de titularidade no Leão - ele vinha perdendo espaço para Everaldo e a Chapecoense ainda negocia com Rildo.
WP9, como já é chamado pela torcida tricolor, vai mesmo ficar com a camisa que hoje é vestida por Júnior Santos, artilheiro do Leão, com 5 gols marcados. Quanto a este último, ainda não há definição de qual o novo número que usará às costas.
Experiente, já vestiu 12 camisas no futebol brasileiro, de times tradicionais, como Cruzeiro, Palmeiras e Fluminense, por exemplo, além do Alavés, da Espanha e do West Ham, da Inglaterra. Ele mede 1.83m de altura e é destro.
A previsão de chegada do reforço para o ataque é amanhã, quando deve fazer exames e se juntar ao resto do grupo. A regularização, no entanto, não acontece antes da quarta-feira, 6, já que a CBF está em recesso para o Carnaval.
Outra questão que pode atrasar a estreia de Wellington Paulista é uma lesão grau 2 no glúteo mínimo e sartório, que ele ainda trata. Segundo informações da imprensa catarinense, no entanto, nos últimos dias ele já estava em transição, inclusive começando trabalhos no campo de jogo.
A chegada dele abre possibilidade para Rogério Ceni repetir o mesmo estilo de jogo que aplicou no Fortaleza ano passado, com dois pontas ofensivos que armavam para um centroavante de área, num autêntico 4-3-3. Hoje, sem uma referência, o comandante tricolor opta por um 4-2-3-1 que varia para um 4-2-4, especialmente quando Dodô não está em campo.