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Lisca e Ceni buscam melhorar aproveitamento do ataque no Clássico-Rei de domingo
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Lisca e Ceni buscam melhorar aproveitamento do ataque no Clássico-Rei de domingo

Falta de arremate preciso foi determinante no 0 a 0 entre Fortaleza e Ceará pelo Estadual
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Apesar de já ter marcado oito gols em 11 partidas, Júnior Santos desperdiçou várias chances contra o Ceará
 (Foto: JÚLIO CAESAR)
Foto: JÚLIO CAESAR Apesar de já ter marcado oito gols em 11 partidas, Júnior Santos desperdiçou várias chances contra o Ceará

Bola na rede, na caixa ou no barbante. Expressões para definir o momento mais importante do futebol: o gol. Ceará e Fortaleza poderiam estar em melhor sintonia com a principal função do esporte, mas têm apresentado dificuldades com as chances criadas.

Pra fora, na trave e nas mãos do goleiro têm sido os principais destinos das finalizações dos ataques de Ceará e Fortaleza nos últimos jogos. Para o segundo Clássico-Rei do ano, a calibragem da pontaria virou prioridade nos ajustes de Vovô e Leão. O arremate certeiro e preciso fará a diferença para determinar o vencedor da partida válida pela sexta rodada da Copa do Nordeste.

No primeiro embate entre as equipes, pelo Campeonato Cearense, faltou competência para balançar as redes do adversário. Chances não faltaram. O Fortaleza chegou perto de marcar explorando a velocidade do próprio ataque, mas pecou nos arremates. O Ceará apostava na cadência e no toque de bola do setor ofensivo para envolver o rival, porém também não teve êxito para converter gols.

Roger, do Ceará
Roger, do Ceará (Foto: JULIO CAESAR)

A equipe de Lisca tem 22 tentos na temporada em 15 jogos, média de 1,4 por jogo. Apesar dos números positivos, a frequência de gols perdidos tem irritado o torcedor e complicado partidas. Nos últimos seis jogos, o Alvinegro marcou quatro vezes e só conseguiu vencer um confronto no tempo regulamentar.

Contra o frágil Foz do Iguaçu-PR, o Vovô quase se complica pela Copa do Brasil. Em 90 minutos de bola rolando, os comandados de Lisca dominaram o rival, mas desperdiçaram inúmeras chances claras. A classificação só foi assegurada nos pênaltis.

Diante do Corinthians, também pela Copa do Brasil, o time do Porangabuçu foi derrotado por 3 a 1. Entretanto, o resultado poderia ter sido outro caso as chances criadas tivessem sido aproveitadas.

Outro fator para Lisca ajustar é a presença na área adversária. As principais jogadas nos dois últimos jogos - os maiores testes até agora na temporada, contra Corinthians e Fortaleza, foram de arremates de fora da área. O homem referência do ataque, Roger, tem tido desempenho abaixo das expectativas.

O ataque do escrete tricolor apresenta números inferiores aos do rival. São 14 gols em 11 jogos, média de 1,27 por jogo. O Fortaleza teve dificuldades nas primeiras partidas, quando Rogério Ceni ainda buscava a formação ideal e cobrava a diretoria por reforços para o elenco.

Nas duas últimas partidas, o técnico parece ter encontrado o melhor modelo de jogo para a equipe atuar. O Leão evoluiu e marcou quatro gols sobre o Confiança, na Copa do Nordeste.

Entretanto, no confronto seguinte diante do Ceará, os comandados de Ceni voltaram a apresentar os mesmos erros de conclusão. Júnior Santos, que havia marcado três de uma vez e é o artilheiro do time na temporada, com oito gols, foi quem mais desperdiçou chances no Clássico-Rei.

O setor ofensivo do clube do Pici é formado por atacantes rápidos e habilidosos: Edinho, Júnior Santos e Osvaldo. Entretanto, nenhum deles é jogador de conclusão. A solução buscada pelo Fortaleza foi contratar o veterano centroavante Wellington Paulista, de 35 anos.

Homem de referência, o atacante estreou justamente no Clássico-Rei, entrando no segundo tempo. Entretanto, ele não teve tempo adequado de treino e adaptação junto aos demais companheiros antes da partida. A estreia, bastante discreta, ocorreu apenas quatro dias após a apresentação oficial.

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