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Juntos, Ceará e Fortaleza têm 14 jogadores "repatriados" no elenco
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Juntos, Ceará e Fortaleza têm 14 jogadores "repatriados" no elenco

Prática de trazer atletas com passagens anteriores tem se mostrado positiva para os clubes
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EDINHO, atacante habilidoso do Fortaleza, é a possibilidade de lances individuais decisivos   (Foto: Júlio Caesar)
Foto: Júlio Caesar EDINHO, atacante habilidoso do Fortaleza, é a possibilidade de lances individuais decisivos

Neste ano, Ceará e Fortaleza têm o difícil desafio de montar elencos que consigam a manutenção na Série A do Campeonato Brasileiro, mesmo concorrendo com clubes de maiores orçamentos. Para tal, um dos critérios predominantes na contratação de atletas tem sido a confiança. Por isso, as diretorias dos dois clubes apostam em jogadores conhecidos, que já passaram pelos times. Juntos, nos elencos atuais, alvinegros e tricolores somam 14 jogadores "repatriados".

No Fortaleza, cinco jogadores do atual elenco retornaram ao clube para esta temporada. Marcinho e Dodô, que estavam emprestados ao time em 2018, foram devolvidos aos clubes donos dos passes, onde renovaram contrato e acabaram acertando a volta ao Leão.

Revelados pelo Fortaleza e tendo defendido a equipe no primeiro semestre de 2018, Edinho e Osvaldo também chegaram nesta janela de transferências. Graças à identificação com o Tricolor e o bom desempenho passado, eles chegam com a aprovação da maioria da torcida.

Além deles, o lateral-direito Tinga, que está no clube desde o ano passado, já havia vestido a camisa do Leão em 2015.

O presidente do Fortaleza, Marcelo Paz, acha que a reconhecimento com a torcida ajuda na hora de contratar.

"Quando se convive com o jogador, conhece suas capacidades, como lidam em momentos difíceis, é natural preferi-los. Escolha de elencos é muito difícil. Tem que se dar prioridade aos atletas que já conhecemos, que temos confiança. Esses jogadores (no caso do Fortaleza) têm identificações com a torcida também, o que ajuda", declarou Paz ao O POVO.

O Ceará, por sua vez, tem ainda mais "repatriados": são nove nomes. O meia Felipe Baxola, o atacante Roger e o zagueiro Charles foram contratados nesta janela após passagens por Porangabuçu 2016, 2011 e 2015, respectivamente.

Samuel Xavier e Wescley estavam presentes no ano passado, mas tiveram seus passes comprados pelo Vovô, garantindo permanência em 2019. O lateral-direito vestiu a camisa do Ceará em 2015, enquanto o meia-atacante vai defender o clube pela quarta vez na carreira.

No elenco, o meia Ricardinho, o atacante Romário, o goleiro Fernando Henrique e o zagueiro Tiago Alves também já haviam passado pelo Alvinegro antes da passagem atual.

Para o executivo de futebol do Ceará, Marcelo Segurado, essa aposta não é exclusiva dos times cearenses. "É uma situação natural do futebol. É favorável. Você tem uma peça de qualidade e traz de volta por conhecer o cara. Mas isso não acontece só com Ceará ou Fortaleza. Por exemplo, o Corinthians trouxe o (Vágner) Love de volta. Isso é uma coisa corriqueira do futebol. O principal fator é de você ter um conhecimento prévio do atleta. Obviamente os jogadores que retornam são atletas que mostraram algum tipo qualidade", aponta o dirigente.

O fato é que a prática tem sido positiva no futebol cearense, tendo em vista que a maioria dos jogadores já tiveram sucesso em seus clubes. Resta aguardar para saber se em 2019 esses 14 nomes vingarão.

 

Repatriados de Vovô e Leão

Ceará (9): Fernando Henrique, Charles, Tiago Alves, Samuel Xavier, Ricardinho, Wescley, Felipe Baxola, Romário e Roger.

Fortaleza (5): Tinga, Marcinho, Dodô, Edinho e Osvaldo.

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